O comportamento suicida é caracterizado por toda ação na qual o ser humano provoca lesão a si próprio. Levando em consideração que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada preferencial dos usuários nos serviços de saúde, esse cenário, passa a exercer um papel crucial na identificação, no manejo e na prevenção do comportamento adscrito. Assim, objetivou revisar, na literatura científica, como se dá o manejo na prevenção do comportamento de autoextermínio dos usuários da APS pela equipe interdisciplinar do serviço de saúde. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática, seguindo as diretrizes PRISMA, à partir de estudos brasileiros publicados, no formato de artigo científico original, na base de dados SciELO e LILACS, entre os anos de 2016 e 2021. Foram recuperados 28 artigos, dos quais 7 foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão, para compor a amostra. Verificou-se que apesar da APS possuir estratégias para agir preventivamente no manejo do comportamento voltado ao autoextermínio, dentre essas, a facilidade da criação de vínculos, o acolhimento do paciente, a identificação, avaliação e o acompanhamento regular do indivíduo e de fatores de risco, a possibilidade de acionar fatores protetores e a visita domiciliar, os profissionais ainda se demonstram incapazes e desamparados para exercer o manejo dos seus usuários. Nesse sentido, sugere novos estudos sobre a temática, que envolva propostas e soluções para sanar as dificuldades encontradas por esses profissionais, assim como a capacitação adequada e a elaboração de estratégias para a prevenção desse fenômeno.