“…Seus maiores logros foram no campo da assistência alimentar, o que pode ser auferido pela enorme mudança que os programas sofreram no período da sua vigência, 1993 e 1994. Foram retomados antigos programas com novas metodologias de atuação: a distribuição de leite, totalmente descentralizada e focalizada em crianças e gestantes em risco nutricional, associada a ações de saúde; a distribuição também descentralizada da alimentação escolar; e a distribuição de estoques de alimentos do governo para mais de 2 milhões de famílias atingidas pela seca (Peliano, 1994;2001). Contudo, conforme constatou o próprio Ipea, no geral, essas iniciativas limitaram-se à esfera das políticas compensatórias, o que, por um lado, foi bom, pois a distribuição de alimentos rompeu uma atuação insuficiente e limitada dos poderes públicos diante do problema da fome e, paralelamente, permitiu dar uma resposta, ainda que parcial e de curtíssimo prazo, à falta de alimentação das populações empobrecidas.…”