O objetivo do estudo foi realizar uma avaliação do perfil epidemiológico da DCA no estado do Pará entre os anos de 2016 a 2020. Para isso, o método utilizado neste estudo se deu pela utilização do banco de dados do DATASUS para os casos de DCA entre os anos de 2016 a 2020 utilizando variáveis socioeconômicas e regionais em saúde. De acordo com o achado, os meses de julho a janeiro possuem altos níveis de casos de DCA registrados, além da idade mais afetada estar entre os 20 a 59 anos, aliando-se principalmente às características socioeconômicas da população do estado e os aspectos culturais de consumo alimentar do açaí na região, associado também a forma de transmissão que na maior parte dos casos ocorre de forma vetorial, além da zona mais afetada ser a rural, que combinado com as regiões em saúde demonstram perspectivas políticas diferenciais na coleta de informação de casos e qualidade no atendimento prestado a população com DCA. Com isso, a pesquisa epidemiológica com DCA no estado revela paradigmas que ainda estão presentes no estado principalmente para a população negligenciada como pretos/pardos, indígenas e ribeirinhos, além das condições regionais de distribuição investimentos em saúde e condições apropriadas para o tratamento da DCA, o que revela que tal situação necessita de debate no estado.