A doença do novo coronavírus exigiu mudanças em todas as áreas da sociedade, obrigando todos os países a se adaptarem à nova realidade. O combate ao vírus impôs a necessidade do isolamento social, e o ensino remoto se mostrou como a única maneira de atender às demandas educacionais mundiais. Apesar de aliado, observa-se ainda certa dificuldade na discussão de assuntos complexos por meio do ensino remoto, como, por exemplo, os conteúdos de Genética. O objetivo deste trabalho foi conhecer as percepções dos Licenciandos em Ciências Biológicas de uma Instituição Federal de Ensino Superior relacionada à Genética, bem como sua discussão por meio do ensino remoto. A referida pesquisa possui natureza observacional, com abordagem quali-quantitativa. Quanto aos objetivos, classifica-se como exploratória e quanto aos procedimentos técnicos, como pesquisa de campo. Todos os participantes concordaram com um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e responderam a um questionário semiestruturado, confeccionado por meio da ferramenta Google Forms. Os resultados apontam dificuldades diversas relacionadas ao ensino-aprendizagem da Genética, principalmente por deficiência no debate desses conteúdos na Educação Básica e complexidades de termos técnicos inerentes à disciplina. Tais percalços se acentuam no período remoto atualmente vivenciado, principalmente pela dificuldade na realização de aulas práticas, bem como a implementação de projetos que permitam melhor contextualização da disciplina Genética. Dessa forma, enfatizamos a necessidade da realização de mais estudos que apontem a influência do ensino remoto na formação de docentes brasileiros e dos seus reflexos na qualidade de ensino na Educação Básica.