Perspectivas adotadas pelos cuidadores na interação com a criança institucionalizada

Abstract

Objetivo: compreender as perspectivas do cuidador a partir de sua interação com as crianças institucionalizadas. Método: pesquisa qualitativa que utilizou a Teoria Fundamentada nos Dados e o Interacionismo Simbólico para elaboração e análise dos dados. Os dados foram coletados de abril a julho de 2015, por meio de uma entrevista intensiva, com 15 cuidadoras em uma instituição de acolhimento infantil. Resultados: são apresentados em três categorias: Aprendendo a valorizar sua vida e sua família; Mudando a forma de ver e lidar com os outros; Percebendo a criança como ser capaz de mudar sua realidade. Considerações finais: identificou-se que na interação com a criança institucionalizada, a cuidadora passa a adotar novas formas de ver e agir no mundo, valorizando mais sua vida e sua família, além de desenvolver mais paciência, compaixão e amor por outras pessoas em condições de vulnerabilidade.

Profissionais que exercem o cuidado nas instituições de acolhimento infantojuvenil: uma revisão integrativa

“…Além disso, Gabatz, et al, (2019b), trazem a formação de vínculo como básico para que a criança se sinta segura.…”

“…Outras atividades sobre o cuidado são mencionadas nos estudos, dentre elas Gabatz, et al, (2019b), encontraram que, após a organização dos cuidados básicos, as cuidadoras costumam realizar atividades recreativas no pátio, além disso, assistir televisão, roda de dança e conversas também estão entre as práticas de lazer. Lemos, et al, (2014) identificaram a percepção das cuidadoras em relação à necessidade de ocupar o tempo das crianças e dos adolescentes, pois o ócio é visto como prejudicial no processo de permanência na instituição.…”

“…As cuidadoras relatam que precisam amparar as crianças física e emocionalmente, para que consigam interagir e preparar-se para a vida fora da instituição (Gabatz, et al, 2019c). Sentem-se responsáveis por ensinar sobre respeito, limite e comportamentos (Gabatz, et al, 2019b). Na percepção das cuidadoras, a relação que constroem com os acolhidos ao longo do processo de cuidado é positiva para que as crianças e os adolescentes se sintam acolhidos e seguros (Kim, et al, 2017).…”

“…Possuir informações sobre a vida da criança impede algumas atitudes por parte do cuidador que podem trazer lembranças de situações vivenciadas anteriormente, além disso, saber a realidade em que a criança estava inserida, seus hábitos alimentares e sua rotina, auxiliariam no processo de adaptação (Gabatz, et al, 2019b). Esses relatos corroboram com os achados de Delgado, et al, (2015) sobre acolhimento familiar em Portugal e na Espanha em que foram entrevistadas 98 famílias acolhedoras sobre a satisfação com a informações recebidas antes do acolhimento, destas 23,5% receberam nenhuma ou pouca informação sobre o acolhido, sendo que a ausência de informações se relacionava em 49% dos casos com antecedentes físicos e de saúde.…”

“…A carga de trabalho também é muito presente nos resultados encontrado por Gabatz, et al, (2019b) e gera dubiedade sobre as responsabilidades dos cuidadores visto que passam grande parte do tempo suprindo as necessidades físicas das crianças, mas estão cientes que ao mesmo tempo precisam realizar atividades educativas, recreativas e que fortaleçam o vínculo.…”