Perspectivas atuais da terapia cognitivo-comportamental no tratamento dos transtornos alimentares: uma revisão sistemática

Abstract

Estudos mostram que mulheres jovens, com idade entre 12 e 28 anos são as mais atingidas pelos transtornos alimentares. Para transtornos alimentares, um tratamento eficaz é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Este estudo buscou analisar os tratamentos que têm sido utilizados na área da terapia cognitivo-comportamental para anorexia e bulimia nos últimos 5 anos, por meio de uma revisão sistemática conduzida no dia 24 de junho de 2014. As bases de dados utilizadas foram PubMed, PsychINFO e SCIELO nos idiomas inglês, espanhol e português, e incluíam os termos cognitive therapy, behavior therapy, anorexia e bulimia. Foram utilizados estudos empíricos e revisões teóricas com humanos e disponibilizados gratuitamente. A análise foi feita por dois juízes independentes. A busca nas bases de dados forneceram 2066 artigos. Foram analisados resumos de 26 estudos que cumpriram os critérios propostos. Foram incluídos mais 3 estudos identificados através de outras fontes. Após a análise na íntegra, 5 estudos foram eliminados e 24 completaram todos os critérios. Desses, 11 com o termo anorexia e 13 com bulimia, entretanto, muitos não tratavam exclusivamente sobre essas patologias. Concluiu-se que a TCC se mostra eficaz no tratamento dos transtornos alimentares e estudos sugerem que técnicas atuais abrangem uma gama ampliada de sintomas.

Influência do isolamento social da pandemia do COVID-19 no desenvolvimento de transtornos alimentares em mulheres

“…(28) O tratamento para anorexia nervosa e bulimia nervosa conta com a terapia comportamental cognitiva e tratamentos como a utilização de tecnologia, que podem auxiliar à psicoterapia. (29) Embora exista uma proporção de mulheres com risco de desenvolver transtornos alimentares (AN e BN), percebeu-se que não houve uma relação à influência da pandemia nas respostas obtidas. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde -OPAS (2022) (30) a pandemia afetou a saúde mental de jovens, com um risco desproporcional de comportamentos suicidas e automutilação.…”

Transtornos alimentares e as contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental para o tratamento

“…A abordagem do terapeuta deve ser o "empirismo colaborativo" que consiste na elaboração de estratégias de modo colaborativo e ativo junto ao paciente, visto que o motivo que mais gera abando ou não cooperação no tratamento é a insatisfação com o vínculo (RANGÉ et al, 2011;WILLHELM;FORTES;PERGHER, 2015).…”

“…É fundamental que o paciente entenda a relação entre seus pensamentos, sentimentos e disfunções de comportamentos para que ocorra essa modificação. Nessa etapa é essencial que o paciente entenda que o peso não é problema, mas, sim, as crenças que mantém os sintomas do transtorno (RANGÉ et al, 2011;OLIVEIRA;DEIRO, 2013;WILLHELM;FORTES;PERGHER, 2015).…”

“…Além desses aspectos, é relevante devolver as habilidades sociais que são frequentemente deficitárias em indivíduos com TA. Uma vez que são comuns crenças associadas à baixa competência para se comportar socialmente e à alta probabilidade de rejeição interpessoal (RANGÉ et al, 2011;OLIVEIRA;DEIRO, 2013;WILLHELM;FORTES;PERGHER, 2015).…”

Experimental comparison between intensive interventions based on Acceptance and Commitment Therapy and Cognitive Behavioral Therapy for overweight and obese people

“…Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) shows good results in the reduction of eating behaviors related to excessive weight gain (Giusti et al, 2020;Jacob et al, 2018;Luz & Oliveira, 2013;Willhelm, Fortes, & Pergher, 2015). Participants from CBT groups for overweight and obese people report significant improvements, leading to a reduction in weight and BMI (Neufeld, Moreira, & Xavier, 2012).…”