O suicídio é um grave problema de saúde no Nordeste, maiores taxas são observadas em homens e a distribuição espacial não é homogênea entre os estados desta região. Este estudo buscou avaliar a distribuição espacial da mortalidade por suicídio em homens nos municípios do Nordeste do Brasil, no período 2015-2019, e correlação desta com indicadores sociodemográficos. Calcularam-se taxas de mortalidade por 100 mil homens, suavizadas por meio do estimador bayesiano empírico. Avaliou-se a correlação espacial das taxas de mortalidade por meio do índice de Moran Global e Local, e a correlação das taxas de mortalidade com os indicadores sociodemográficos. O mapeamento e as análises foram realizados nos softwares Geoda, consideraram-se estatisticamente significativos valores de p<0,05. Identificaram-se clusters de altos coeficientes de suicídios em municípios do semiárido do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Verificou-se correlação espacial da mortalidade por suicídio nos municípios do Nordeste (I Moran=0,54, p=0,001). Verificaram-se dois padrões de correlação significativa entre as variáveis sociodemográficas estudadas e as taxas de mortalidade por suicídios masculinos. Houve correlação positiva entre IFDM e taxas de suicídios por 100 mil homens, nos municípios do Ceará que se estendem até a porção oeste de Pernambuco, no Rio Grande do Norte e Paraíba. E correlação negativa no sul do Piauí, centro-sul do Maranhão e municípios do oeste baiano, com fronteira com os municípios do Piauí. Medidas de prevenção e controle ao suicídio devem ser direcionadas para estas localidades, de modo a identificar os fatores de risco e proteção correlacionados a esta realidade.