O conteúdo deste artigo baseia-se em pesquisas de doutorado realizadas e/ou orientadas pelas autoras e tem como objetivo central dialogar sobre a relevância que a coletividade possui nos processos de formação contínua desenvolvidos com professores que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A primeira pesquisa foi desenvolvida em espaço escolar e a segunda, vinculada a ações do Observatório de Educação, em uma universidade pública. A teoria Histórico-Cultural e da Atividade compõem o referencial teórico adotado nas pesquisas e sustentam a defesa dos argumentos em discussão como fruto de movimentos formativos com professores em atividade pedagógica. No recorte metodológico foram selecionados alguns resultados que, tendo o conhecimento matemático e o planejamento de ações de ensino como elementos essenciais, destacam o trabalho coletivo como constitutivo e constituído em movimentos de formação estruturados como atividade. Fundamentos da Atividade Orientadora de Ensino (AOE) balizam situações desencadeadoras de aprendizagem, mediadoras da apropriação dos conceitos com vistas à superação de conflitos gerados nos processos de organização de ensino. As conclusões indicam que a colaboração nas ações propicia um engajamento significativo dos participantes no processo formativo, no qual cada indivíduo se reconhece como coparticipante e coformador. Tal situação evidencia que o potencial dos processos formativos reside na qualidade dos instrumentos mediadores adequados às necessidades postas pela realidade objetiva. Esses instrumentos propiciam aos professores estarem em atividade, produzirem experiências, reflexões e análises sobre sua atividade profissional, em um movimento de significação de suas próprias práticas.