Introdução: O fenômeno do membro fantasma é definido como a experiência de possuir um órgão ausente responsável por gerar sensações ou dores, dando a percepção de que ele está presente. Esta condição envolve alterações físicas, sociais e psicológicas. Dessa forma, a pessoa amputada necessita de acompanhamento multidisciplinar que inclui terapeutas ocupacionais. Este trabalho tem como objetivo investigar as estratégias de intervenção utilizadas pela Terapia Ocupacional no tratamento de pessoas amputadas com membros fantasma. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. As buscas bibliográficas foram realizadas nas bases de dados: Embase e Scopus. Para ampliar a seleção das referências, a pesquisa estendeu-se aos materiais indexados no Google Scholar. Resultados: A amostra final foi composta por 54 trabalhos, publicados entre 2012 e 2022, e destes, apenas quatro trabalhos foram realizados também por terapeutas ocupacionais. O país que mais realizou estudos referentes à temática de amputados com membros fantasma foi os Estados Unidos (25,9%). No entanto, no Brasil não foi encontrado nenhum estudo de intervenção na área. Discussão: As intervenções realizadas pela Terapia Ocupacional foram: revestimento do coto (Farabloc); luva de prótese com feedback sensorial; imagens motoras graduadas associada com imagem mental e terapia de espelhos; e acupuntura. Conclusão: Na análise dos dados foi possível perceber a disparidade dos focos das pesquisa, entre aquelas que envolvem e as que não envolvem terapeutas ocupacionais, uma vez que, nas pesquisas em Terapia Ocupacional, as intervenções vão para além do ideal de aliviar ou eliminar a dor, objetivando também melhorar a capacidade funcional, o desempenho ocupacional e a qualidade de vida.