“…Tentativas de desenvolver arranjos institucionais mais eficazes para responder a mobilização e participação de cidadãos em políticas públicas são atuais, embora tenham trajetória relativamente longa e em diferentes contextos (Hague & McCourt, 1974;Hourihan, 1987;Tunstall, 2001;Singh, 2006;Henningsson et al, 2014;Nousiainen & Mäkinen, 2014;Kull & Tatar, 2015;Radzik-Maruszak & Bátorová, 2015). No caso brasileiro, o desenvolvimento de arranjos institucionais mais permeáveis à inserção de demandas mais democratizadas também já tem uma trajetória considerável (Bordenave, 1995;Dowbor, 2001;Guerra, 2002;Frey, 2007;Goulart, Terci, & Otero, 2016). Por exemplo, a partir dos municípios e com a democratização da defesa de interesses setoriais e locais, a Constituição brasileira de 1998 deu início à formação de arranjos institucionais para dar suporte a políticas de desenvolvimento urbano no Brasil, o que avançou com a criação do Ministério das Cidades, em 2003.…”