Ao Jocimar, pelas leituras e conversas desde o início da faculdade, que guiaram também minha trajetória docente. Agradeço pela orientação minuciosa e pela amizade nos últimos anos Aos professores Mauro Betti e Edivaldo Góis Junior pelas leituras inspiradoras e pelas contribuições no exame de qualificação e de defesa do mestrado À Juliana Scarazzatto, pelo impulso antes do processo seletivo e por tornar mais divertidas nossas quartas-feiras na USP Ao grupo EscolaR (em especial: Dani, Rebeca, Mari, Alessandra e Elaine) pelo tempo dedicado ao estudo da educação física e pelos debates nestes dois anos de grupo À CAPES e à Secretaria de Educação da Prefeitura de Jundiaí -SP, pelo apoio financeiro e pela concessão da licença com duração de dois anos Aos funcionários da secretaria e da biblioteca da FEF -UNICAMP, pelo apoio fornecido sempre que solicitado À equipe gestora da escola e ao professor de educação física pela disposição durante a realização do estudo Às crianças, agradeço as resistências e as soluções originais ocasionadas pelo nosso encontro.Estas dúvidas e conflitos me instigaram a entender mais sobre seu universo e sobre a educação física escolar: vocês me tornaram professora.
RESUMOEste trabalho teve como objetivo central compreender como as diferenças e os significados são produzidos nas aulas de educação física por crianças do quarto ano do ensino fundamental da Prefeitura de Jundiaí -SP. O grande empenho foi compreender o proposto a partir das dinâmicas culturais infantis, considerando as crianças envolvidas ativamente neste processo de diferenciação.A pesquisa de cunho etnográfico foi realizada ao longo de dois bimestres letivos com uma turma formada por vinte e seis alunos (oito meninos e dezoito meninas). Além das aulas de educação física, compõem este estudo os momentos de entrada e saída da escola, os tempos de recreação e outros dias letivos pertinentes. Os caminhos tomados ao longo deste estudo levaram em conta a necessidade de elaborar uma "descrição densa" para que as exposições e observações dispostas fossem capazes de considerar os significados envolvidos nas ações das crianças e suas hierarquias; caminhos estes que foram guiados pela diferença entre os atores sociais envolvidos neste processo.O estudo de cunho etnográfico realizado nos permitiu traduzir o que as observações e as crianças tinham a dizer sobre o tema. Estas análises e seus relatos foram ordenados posteriormente em eixos de interpretação tais como: o "saber fazer bem" nas aulas de educação física, as diferenças e desigualdades experimentadas pelas crianças e os momentos que insinuavam inclusões e exclusões ao longo do processo educativo. Ao longo dos bimestres, compreendemos que os significados atribuídos às ações e às diferenças eram construções sociais estabelecidas entre os pares nas aulas de educação física. Neste sentido, considerar as diferenciações como produções sociais é argumentar a favor de estratégias pedagógicas e curriculares para abordar estas diferenças, discutindo suas produções e os mecanismos envolvidos em s...