Popular Reporting à Luz da Teoria da Comunicação: Um Ensaio Teórico

Abstract

O presente estudo buscou explorar o popular reporting, tema pouco tratado Brasil, revisando a literatura à luz da teoria da comunicação. Assim, discute-se como a contabilidade pode auxiliar na accountability do setor público, transmitindo informações de maneira adequada e simplificada para compreensão de seus usuários, em especial aqueles que não possuem conhecimento de contabilidade e finanças públicas. Para revisão da literatura abordada no ensaio teórico foram realizadas buscas em algumas das principais bases de pesquisa científica. A discussão apresenta relações entre os estudos sobre o popular reporting e os elementos e aspectos trazidos pela teoria da comunicação, permitindo a identificação de pontos que devem ser observados no processo de comunicação dos entes públicos aos cidadãos através dos relatórios financeiros populares. No cenário brasileiro, no qual a transparência e o acesso à informação são obrigatórios devido à legislação, a disponibilização de relatórios financeiros em formato popular tende a fortalecer esse movimento.

E-government in local governments’ websites

“…Finally, following the call for citizen interaction with governments in building and shaping a more participatory and digital society (Migchelbrink & Van de Walle, 2021;Strokosch & Osborne, 2020;Dias, 2019), future studies can build on the communication effects already detected (Rodrigues et al, 2021;Piotrowski et al, 2019) and investigate, at the organizational level, the digital transformation phenomena, investigating the roles of key public actors in digital transformation, especially when society fails to recognize the benefits of the mandatory digital reforms that have been undertaken.…”

“…Even though some studies show that citizens have little interest in the information disclosed by governments due to the lack of participation incentives (Mendes, 2019;Souza, Curi & Nuintin, 2019) for being unfamiliar with governments' websites or information (Rodrigues, Dias & Vargas, 2021;Araújo, Reinhard & Cunha, 2018), they are essential for building a more democratic public governance and the concept of e-government itself, because the meaning of transparency goes beyond mere access to information. It is not enough to have information available; it must also be understandable to the many interested parties (Castro et al, 2019).…”

Introdução de relatórios financeiros populares nos conselhos municipais de saúde do Brasil

“…Existem casos práticos de RFPs recentes no Brasil, como o Balanço do Cidadão do Estado de Santa Catarina (Estado de Santa Catarina, 2019) e a Prestação de Contas Anual Simplificada do Estado da Bahia (Estado da Bahia, 2019), porém, a abordagem acadêmica sobre o assunto tem sido limitada (Biondi & Bracci, 2018;Rodrigues, Dias & Vargas, 2021;Martins & Lima, 2021).…”

E-government em portais públicos de municípios

“…Embora algumas pesquisas demonstrem que cidadãos têm pouco interesse nas informações divulgadas pelos governos, pela falta de incentivos à participação (Mendes, 2019;Souza, Curi & Nuintin, 2019) por possuírem baixo entendimento sobre os portais ou informações governamentais (Rodrigues, Dias & Vargas, 2021;Araújo, Reinhard & Cunha, 2018), eles são essenciais para a construção de uma governança pública mais democrática e do próprio conceito de governo eletrônico, pois o sentido da transparência vai além do mero acesso à informação. A disponibilidade da informação não é suficiente, pois precisa também ser compreensível para as diversas partes interessadas (Castro et al, 2019).…”

“…Por fim, seguindo a chamada para interação dos cidadãos com os governos na construção e formação de uma sociedade mais participativa e digital (Migchelbrink & Van de Walle, 2021;Strokosch & Osborne, 2020;Dias, 2019), estudos futuros podem partir dos efeitos de comunicação já detectados (Rodrigues et al, 2021;Piotrowski et al, 2019) e investigar, em nível organizacional, os fenômenos de transformação digital, explorando como os principais agentes públicos desempenham papéis na transformação digital, principalmente quando a sociedade não vê os benefícios das reformas digitais obrigatórias em vigor.…”