RESUMO:Antropologia e Educação, disciplinas próximas em suas origens colonialistas, foram gradualmente distanciadas à medida que os processos culturais, dada a dinâmica e intersubjetividade destes, foram institucionalizando a Educação. Grosso modo, esses processos conferiram-lhe a árdua tarefa de sistematizar e transmitir um conjunto específi co de saberes, experiências e conhecimentos que servem não apenas à formação do intelecto e do caráter dos indivíduos, como também à inserção e adaptação destes aos padrões de sociabilidade vigentes. Por outro lado, à Antropologia coube, de um modo geral, a análise e compreensão de grupos sociais normalmente divergentes e/ou alheios a tais padrões. O resgate da confl uência entre as duas disciplinas, extremamente necessário nos dias atuais, implica em uma refl exão não apenas dos distintos paradigmas que as sustentam, como também dos seus objetos e campos de atuação, senão comuns, cada vez mais próximos. O texto traz algumas questões sobre alteridade e cultura, campo onde as duas disciplinas se cruzam e se disseminam. PALAVRAS-CHAVE: Educação. Antropologia. Cultura. Alteridade.ABSTRACT: Anthropology and Education, disciplines close in their colonial origins, were gradually moving away from each other as far as cultural processes, due to their dynamic and intersubjectivity, were institutionalizing the education, and roughly speaking, giving it an arduous task of systematizing and transmitting a set of specifi c knowledge, experience and expertise to serve not only of the individuals character and intellect formation as well as the insertion and adaptation of them to current standards of sociability. In the meantime Anthropology was assigned, in general, the analysis and understanding of usually divergent social groups and/or unrelated to such standards. The confl uence redemption between the two disciplines, very necessary nowadays, implies a refl ection on the different paradigms that underpin them as well as their goals and fi elds, increasingly common and closer. The text brings some questions about otherness and culture, a fi eld where the two disciplines intersect and pollinate each other.