RESUMOEntre os tipos de violência que ocorrem no contexto escolar, destaca-se o bullying. Esse fenômeno é composto de violência física e psicológica realizadas intencionalmente contra um indivíduo específico considerado frágil e inferior pelo agressor. Assim, o bullying proporciona consequências negativas de curto e longo prazo a todos os envolvidos e apresenta-se potencialmente relacionado à negação e não aceitação do outro. Diante disso, esta pesquisa, de cunho teórico, objetiva analisar as limitações conceituais do bullying. E, para tal, utiliza como principal referência a teoria crítica da sociedade -mais especificamente as ideias de Theodor Adorno e Max Horkheimer sobre educação, emancipação e preconceito. Em conclusão, denuncia a naturalização do bullying e a alienação ao conceito, revelando-o como uma nova forma de barbárie que perdura nos dias de hoje. PALAVRAS-CHAVEbullying; preconceito; barbárie.
O presente trabalho analisa as idéias de Malinowski e Paulo Freire, propondo algumas proximidades entre a antropologia e a pedagogia. Dentre as possibilidades resultantes de tal encontro, uma certamente merece destaque: a recomendação de que antropólogos e professores respeitem sempre o "saber-fazer" comunitário e previamente adquirido por seus respectivos outros, alunos ou "nativos", enquanto um verdadeiro ponto de partida para a construção da ciência. Desta maneira, pode-se pensar que em ambas as disciplinas o conhecimento caminha junto a um respeito pela alteridade, lição esta que elas devem partilhar não somente com outras áreas do saber, mas especialmente com a comunidade mais ampla.
Este artigo se constitui como um exercício de compreensão do Complexo de Édipo em Psicanálise. Neste sentido, além de traçar o desenvolvimento do conceito na obra de Freud, adota a história de Hamlet como um recurso ilustrativo para evidenciar, por meio da arte, as possíveis manifestações do fenômeno edipiano. Em termos conclusivos, evidencia ainda as possíveis inter-relações entre a Psicanálise e o contexto da tragédia.
Resumo: Este artigo aparece como uma tentativa de compreensão do fenômeno da agressão em seus múltiplos aspectos, tarefa para a qual contaremos com os referenciais teóricos advindos da Etologia e da Antropologia Social. Para melhor expressar as idéias aqui expostas utilizaremos o cinema como recurso etnográfico. Neste sentido, destacaremos alguns trechos do filme Sob o Domínio do Medo (1971), os quais serão trabalhados em maiores detalhes. Palavras-chave: Agressividade. Etologia humana. Antropologia. Cinema. 1 Este artigo é uma versão ligeiramente modificada do trabalho desenvolvido na disciplina Agressão: Biologia e deço ao Prof. Renato Queiroz que ministrou a disciplina ao longo do 2º Semestre de 2003 e aos colegas de sala de aula pelos comentários e sugestões que em muito estimularam as idéias desenvolvidas nas próximas páginas.
A etnografia pode ser definida como um método de pesquisa qualitativa que visa a descrição e o entendimento integrativo de fenômenos socioculturais presentes em grupos ou comunidades particulares de acordo com os próprios termos e atitudes daqueles que os vivenciam cotidianamente. Ao se voltar especificamente para esta dimensão ao mesmo tempo metodológica e ética da etnografia, o presente artigo adota como objetivo principal a realização de uma reconstituição histórica direcionada à reapropriação desta modalidade de estudos de campo por parte da Psicologia Social norte-americana e brasileira. Para tanto, focaliza um momento e uma instituição específicos: a primeira metade do século XX e a Escola Sociológica de Chicago, a qual aparece pensada aqui a partir de aspectos da vida e da obra de três dos seus principais representantes: Robert Park, George Mead e Donald Pierson. De maneira conclusiva, o artigo debate algumas das especificidades da prática etnográfica e, unindo passado e presente, defende a pertinência da sua utilização na contemporaneidade da pesquisa psicossociológica.
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