“…A partir da segunda metade da década de 1970, com a "crise das grandes narrativas" (Lyotard, 1979) e a entrada de "novos personagens" na cena política do país (Sader, 1988), lutas como as dos movimentos feminista, negro, LGBT (à época, GLBT), ambientalista, sanitarista, antimanicomial e, claro, o movimento pela anistia dos presos e exilados políticos ganharam força. Engendra-se, assim, uma versão brasileira e latino-americana para os direitos humanos (Coimbra, Lobo, & Nascimento, 2008), muito mais popular, encarnada e contestatária do que aquela de uma solene declaração a ser alcançada ou cumprida, aproximando-nos do que Mario Benedetti (2015, como citado em Souza, 2018) viria a chamar de "esquerdos humanos".…”