O presente trabalho tem como objetivo principal a compreensão dos sintomas depressivos na adolescência durante a pandemia COVID-19 numa perspetiva biopsicossocial. Participaram no estudo 826 adolescentes residentes na área geográfica da Câmara Municipal de Famalicão (Portugal). Os resultados revelaram que dos adolescentes em estudo, 30,7 % referiu ter sintomas depressivos, 34,9% sentiu tristeza tão grande que parece não aguentar. Destaca-se que 80,6% sentiu preocupações e 86,2% tem uma perceção positiva da sua saúde. Ter sintomas depressivos está negativamente associado a ter competências socioemocionais, com perceção de bem-estar e, com o conjunto de sintomas físicos e psicológicos. Por outro lado, ter sintomas depressivos está positivamente associado a sentir tristeza tão grande que parece não aguentar e preocupações, ter-se autolesionado e com ter as expectativas futuras afetadas pela COVID-19.