Nas últimas décadas a arqueologia brasileira tem experimentado uma mudança radical, produto de uma legislação inteiramente nova de proteção do patrimônio cultural. Assim, todo empreendimento, privado ou público, potencialmente modifcador do meio, obrigatoriamente requer a realização de uma série de estudos de impacto ambiental, dentre os quais se encontram os arqueológicos. Como consequência dessas normas, surge um novo tipo de prática arqueológica - assim como um novo tipo de arqueólogo -, já não orientada pela academia, mas pelo mercado, a chamada Arqueologia de Contrato. Nossa reflexão será estruturada a partir de uma comparação entre as transformações produzidas pela arqueologia de contrato e um dos Comics de “Asterix o Galo”, chamado “Obelix e Cia”. Esperamos que este exercício, em parte reflexão acadêmica, mas ao mesmo tempo manifesto político, nos auxilie a meditar sobre o tipo de arqueologia que, como profssionais, gostaríamos que fosse produzida no país.