Objetivo: Avaliar o comportamento alimentar, influências e percepções de mulheres após o diagnóstico de câncer de mama e analisar o estado nutricional das mesmas durante o tratamento antineoplásico. Metodologia: Pesquisa transversal, descritiva, de campo, com abordagem quantitativa. Foram coletados dados em dois centros da Rede Feminina de Combate ao Câncer e em um hospital oncológico, ambos em Santa Catarina, com 36 pacientes, por meio de entrevista individual. Resultados: A maioria das participantes apresentou peso acima do adequado e risco para doenças metabólicas e cardiovasculares. Modificações nos hábitos alimentares foram relatados, bem como, instruções sobre condutas alimentares de profissionais da saúde. Entretanto, as maiores motivações para as mudanças ocorridas foram através de amigos e/ou familiares e internet. O tratamento antineoplásico mais prevalente foi o quimioterápico, acompanhado de sintomas como fraqueza, náusea e inapetência. Percebeu-se a diminuição e/ou exclusão de alimentos açucarados/doces, gorduras, carnes vermelhas, refrigerantes e bebidas alcoólicas, e inclusão de frutas, hortaliças, chás, sucos naturais e água na dieta após o diagnóstico. Conclusão: Evidenciou-se que o estado nutricional preditivo às doenças metabólicas e cardíacas prevaleceu. Houve susceptibilidade às mudanças alimentares, mas pouco influenciadas pelos profissionais que as acompanham no tratamento, inferindo na necessidade de novas estratégias de exposição de saberes, e a constante necessidade de informação.