Potencialidades do PIBID/Matemática para Formação de Professores no Brasil (Potential of the PIBID for the initial and continued formation of Mathematics teachers in Brazil)

Abstract

Neste artigo objetivamos elucidar as potencialidades do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, para a formação inicial e continuada de professores de Matemática no Brasil. Visando atender a esse objetivo, realizamos um recorte de uma pesquisa de doutorado defendida na UNESP – Rio Claro/SP. Os dados foram constituídos por meio de dois instrumentos: (i) Questionários respondidos por 394 participantes - Coordenadores de área, Supervisores e Licenciandos em Matemática - dos subprojetos do PIBID/Matemática de 83 universidades, localizadas nas cinco regiões do Brasil; e (ii) Entrevistas realizadas com Coordenadores institucionais ou de gestão do PIBID de três universidades – UFSCar, USP, UNESP – e, também com a diretora da DEB/Capes. Os dados foram analisados por meio de alguns conceitos da Análise de Conteúdo elucidados por Bardin (1977), os quais nos conduziram à identificação de quatro contribuições do PIBID para a formação inicial de professores de Matemática e duas contribuições do PIBID para os processos de formação continuada dos professores de Matemática. Assim sendo, concluímos afirmando que o PIBID como espaço formativo está proporcionando um novo cenário no contexto da formação inicial e continuada de professores de Matemática no Brasil.

Pibid E Insubordinação Criativa: Possíveis Interlocuções

“…Pensando na prática colaborativa como sendo um momento de constituir uma parceria entre professores da universidade com os professores da escola, com o intuito de discutir a formação de professores, inicial e continuada, de forma horizontal, isto é, ponderando as experiências de ambas as partes, o contexto escolar e o suporte teórico que pode ser encontrado na universidade. Assim, o Pibid, como um programa de formação de professores, pode ser inserido nessa perspectiva colaborativa entre universidade e escola, na qual os participantes assumem uma postura de professores pesquisadores, objetivando a aprendizagem e a reflexão dos integrantes por meio de ações compartilhadas e colaborativas (RODRIGUES, 2016).…”

“…Alguns pesquisadores (BENITES, 2013;RODRIGUES, 2016;HAUSCHILD, 2016) consideram o Pibid como sendo uma Comunidade de Prática (WENGER, 2001) devido à forma em que é estruturado e como se trabalha, uma vez que se percebe algumas características, sendo elas: "[...] objetivos e interesses comuns; relação horizontal entre os participantes; compartilhamento de experiências; interação regular; constituição de uma identidade para o grupo/comunidade" (RODRIGUES, 2016, p. 189).…”

“…Outro ponto a se destacar é a presença da criatividade nas atividades previstas pelo Pibid, as quais se referem às interações e às colaborações entre os licenciandos e os professores da educação básica dentro de sala de aula. Nesses momentos, ambos são beneficiados, tanto os licenciandos por constituírem conhecimentos profissionais a partir da partilha de experiências do professor e da vivência em sala de aula, quanto os professores, que podem aprender com a criatividade, entusiasmo e dinamismo dos licenciandos (RODRIGUES, 2016).…”

Um olhar sobre a mobilização de conhecimentos matemáticos próprios da docência no Pibid

“…Outro marco em sua experiência docente foi perceber em seu trabalho como professora contratada no mesmo IFMG no qual se graduou que licenciandos(as) participantes do Pibid enfrentavam as mesmas dúvidas e dificuldades ao lidar com as demandas da escola. Nesse sentido, já no Mestrado, ao realizar a revisão de literatura, encontramos uma vasta literatura (FRAGA et al, 2012;NASCIMENTO;CASTRO;LIMA, 2017;PUCETTI, 2016;RODRIGUES, 2016;ZAQUEU, 2014, entre outras obras) sobre as contribuições do Pibid para a formação de professores de Matemática. Contudo, não localizamos nenhuma dissertação ou tese que abordasse o tipo de Matemática que circula nas ações e interações do Pibid Matemática nem o espaço dedicado pelos subgrupos aos conhecimentos matemáticos próprios da docência.…”

Teacher as a mediator in a high school community of practice that produces digital mathematical performance

“…BENITES-MANTTI, 2018;MENDES, 2013;RICHIT, 2015;RODRIGUES, 2016) address the concept of Communities of Practice in the teacher training environment, in the educational context.Teacher as a mediator in a high school community of practice that produces digital mathematical performance the population was obtained: p(t) = where t is the time, in hours, and p(t) is the population, in thousands of bacteria. Regarding the initial amount of bacteria, after 20 min, the population will be40.…”