A publicação de artigos científicos em periódicos é, atualmente, uma das principais métricas de avaliação do desempenho dos professores em programas stricto sensu. A publicação é, também, relevante para divulgar os resultados de pesquisas efetuadas. Para os pesquisadores, publicar, e talvez mais relevante, publicar em periódicos de alta qualidade (por muito que seja debatido e discutível o que se entende por qualidade -assunto a que regressaremos neste comentário editorial) é importante para o emprego, para o crescimento na carreira, para ter acesso a oportunidades em outros programas, para se obter a recursos financeiros de agências de fomento e para o prestígio pessoal (Ferreira, 2015b). Assim, entender todos os aspectos que dizem respeito a realização das pesquisas e a sua publicação são fundamentais para os pesquisadores. Estes, os pesquisadores, sejam doutorados mais experientes ou ainda estudantes, são o público alvo deste comentário editorial.A escolha do periódico onde submeter os seus artigos é um dos elementos cruciais na publicação, mas talvez ainda pouco compreendido pelos pesquisadores mais jovens. Se por um lado é sempre mais simples submeter a periódicos menos reputados (comumente referidos como em estratos Qualis mais baixos), onde previsivelmente é mais fácil publicar, por outro o benefício destas publicações para a carreira é, também, substancialmente menor. A publicação em periódicos de topo, nacionais ou internacionais, mais difícil, tem benefício potencial substancialmente superior. Dito de outra forma, é melhor ter poucos artigos em periódicos internacionais de topo (com alto fator de impacto, por exemplo), do que muitos artigos publicados em periódicos menos reputados (por exemplo, classificados no estrato C do Qualis).