“…As implicações do que se discutiu no artigo, portanto, estão relacionadas às lentes teórico-metodológico-analíticas para focalizar as interações em cenários surdos. Assim como já apontaram Blommaert e Rampton (2011) e Blommaert (2016), a complexidade dos eventos comunicativos precisa estar refletida nos instrumentos que utilizamos para estudá-los, e o caso não me parece diferente nas pesquisas sobre a comunicação e a produção de significados pelos surdos, como já venho argumentando em trabalhos anteriores (Nogueira, 2015(Nogueira, , 2018(Nogueira, , 2020. Para contribuições futuras nessa questão, acredito que perspectivas translíngues e a noção de repertórios comunicativos poderiam abrir novos caminhos para pesquisas mais multifacetadas (Blommaert 2016, p. 255), para dar visibilidade ao diverso e dinâmico e, quem sabe, possibilitar desenhar novas e outras ferramentas analíticas (Blommaert, 2016), próprias aos contextos altamente visuais surdos, que tenham mais precisão na descrição das interações estudadas.…”