rEsumo: O presente artigo apresenta resultados de uma breve análise sobre a ausência e os ocultamentos dos saberes que correspondem às vivências sociais dos alunos da classe popular nos currículos da educação básica, de modo a entender a que fins e interesses a negação destes conhecimentos tem servido na atual conjuntura social capitalista. Em igual importância, buscamos reforçar nesta análise o papel que esses conhecimentos exercem na significação e formação crítica na perspectiva da libertação enquanto ser social dos indivíduos, de modo que os acompanham para além do seu percurso educativo. Para tanto, optou-se neste estudo por uma pesquisa teóricobibliográfica, dialogando especialmente com autores como Miguel Arroyo (2013, 2014), Lucia Alvarez Leite (2015) Roseli Caldart (2012), Tomaz Tadeu da Silva (2010), dentre outros que tecem 1 Gostaríamos de agradecer neste espaço ao Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino -MAIE pelo compromisso em nos dar o suporte teórico do referido trabalho e ao programa intitulado de "Educação do Campo, Escola e Organização da Cultura: Vivências e Conhecimentos para a emancipação humana", no qual, desde meados do ano de 2014, por meio da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos -FAFIDAM, campus de Limoeiro do Norte da Universidade Estadual do Ceará, através do Laboratório de Estudos da Educação do Campo -LECAMPO, tem materializado a (trans)formação de todos os envolvidos no programa, o qual temos a oportunidade colaborar nas atividades extencionistas realizadas na Chapada do Apodi-CE, no Acampamento Zé Maria do Tomé.