ResumoOs ensaios freireanos encontrados em Pedagogia do Oprimido se concretizam na relação teórico-prática e inovam-se associando o conceito de práxis à educação, a qual está a serviço da libertação, fundada na criatividade, no diálogo, na reflexão, na conscientização e em ações dos homens sobre a realidade visando a sua transformação. Na perspectiva de contribuir para a reflexão sobre o vínculo entre práxis e educação, o presente estudo, teórico-bibliográfico, tem como principal propósito identificar e analisar os sentidos da categoria práxis na obra Pedagogia do Oprimido. Debruçando nosso olhar investigativo sobre a obra em questão e dialogando com os escritos de Sánchez Vázquez (1977), Marx (2007), Konder (1992, entre outros, observamos a preponderância, nos sentidos de práxis propiciados por Freire, do caráter político, possibilitador do processo de conscientização dos homens e orientador de suas ações sobre o mundo real com vistas à sua transformação. A práxis em Freire remete à ideia de um conjunto de práticas visando à transformação da realidade e à produção da história. O que nos leva a crer que é sobre o tripé formado pela transformação de uma realidade injusta, pela transformação baseada na crítica dessa realidade e pelo seu conhecimento que Freire, a exemplo de Sánchez Vázquez (1977), elabora uma noção de práxis histórica e social.Palavras-chave: educação libertadora; práxis; Pedagogia do Oprimido.* O presente artigo é resultante da pesquisa de mestrado i n t i t u l a d a A p r á x i s e m Pedagogia do Oprimido: lições pedagógicas e políticas a p r e s e n t a d a a
In this paper, we examine how alienation plays out in conditions of advanced neoliberalisation in education. We discuss two examples which exemplify the depth and extent of alienation. First the attacks on critical thinking in education that have been spearheaded by the ‘School without [political] parties’ [‘Escola sem Partido’] project in Brazil. Second, the mental health crisis that is rampant among staff and students in the UK higher education. Drawing on Freire, we explore how ‘the organization of alienation’ can fuel acts of resistance and praxis which can help us reclaim education and society from the forces of the market. The examples we draw on in relation to Brazil and the UK have not yet become mainstream strategies, especially internationally, that can sustain a resistance movement in education, but they form successful local, in some cases national even, strategies that seem to be able to open new possibilities which can eventually help us find creative and effective ways to make the organisation of alienation the project for Being More that Freire envisaged.
Resumo: Este texto tem como objetivo principal apresentar uma análise curricular acerca da formação de professores por áreas de conhecimento nos Cursos de Licenciatura em Educação do Campo da Região Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo documental que se apoia na leitura e na análise de currículos e de matrizes curriculares de 11 cursos pertencentes a Universidades Federais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Como resultado, salienta-se, entre outros aspectos, que é fundamental repensar a respeito da formação de professores por áreas de conhecimento. Apesar de haver questões importantes na organização curricular dos cursos, como, entre outras, a ênfase dada aos conhecimentos e aos conteúdos de cunho social, cultural, educacional, por exemplo, contribuindo para uma formação mais política do professor, entende-se que a formação por áreas de conhecimento, característica central para a formação docente nas Graduações, se apresenta nos currículos dos cursos em uma perspectiva disciplinar.
No estado do Ceará, na região da Chapada do Apodi, uma articulação político-acadêmica, o Movimento 21(M21), se organiza para o enfrentamento do modelo econômico do agronegócio e suas consequências relacionadas à expulsão dos camponeses e à degradação do meio ambiente com utilização massiva de agrotóxicos. O M21 é constituído por diversos movimentos sociais e grupos acadêmicos que se articulam em defesa das lutas das comunidades do campo, da Chapada do Apodi no município de Limoeiro do Norte, Ceará, por meio de práticas discursivas que pretendem romper com as fronteiras tradicionais entre os saberes acadêmicos e os saberes populares. O objetivo deste artigo é compreender, a partir de uma perspectiva teórica descolonial e de uma proposta de análise retórica em uma abordagem crítico-discursiva (Nogueira de Alencar, 2005), como se dá a construção de significados identificacionais (Fairclough, 2003) nas práticas discursivas das (os)integrantes do M21. Por meio de etnografia realizada em espaços públicos em que militantes dos movimentos sociais, camponesas(es), educadoras(es), pesquisadoras(es), lideranças religiosas, lideranças políticas e moradoras(es) das comunidades da Chapada do Apodi falam sobre as ações de violência no campo contra pessoas e contra o meio ambiente, o artigo discute a performatividade, constitutiva de significados identificacionais híbridos para essa(e)s militantes por meio de um “falar da fronteira” e de “um falar do hibridismo” que atravessam esses encontros. Levando em conta a multiplicidade de agentes em interação, a diversidade de práxis educativa de cada coletivo envolvido no M21, assim como a literatura descolonial proposta por Paulo Freire, a análise considera que as implicações políticas do hibridismo presente nas práticas político-discursivas do M21 apontam para a constituição de um discurso de hibridismo emancipatório. Os espaços públicos de locução indicam que as(os) integrantes do movimento “estilizam” identidades subalternas descoloniais, a partir de uma criação retórica que elege a pedagogia do opressor e projeto desenvolvimentista como seu antimodelo, constituindo sentidos transgressores em torno de uma novo projeto político, educacional e econômico para os povos do campo.
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