“…Esses novos arranjos são caracterizados por um grau elevado de outsourcing, contratos de longo prazo, acordos integrativos, coprodução de componentes, troca de ativos específicos, transferência de informações e suporte aos fornecedores. Eles também modificam o relacionamento das montadoras com os fornecedores de autopeças (HELPER, 1991;LAMMING, 1993;COOPER;PAGH, 1998;FLEURY, 1999;CROXTON et al, 2001;ALVES FILHO et al, 2004;PIRES;SACOMANO NETO, 2008; ALÁEZ-ALLER; LONGÁS-GARCÍA, 2010) Existem duas consequências básicas dessas mudanças para o setor de autopeças: (1) um aumento significativo das exigências das montadoras quanto à qualidade, entregas just-in-time, global sourcing, follow sourcing, desenvolvimento de produtos, fornecimento de funções completas (sistemas, subsistemas ou módulos), co-design, capacitação financeira e tecnológica; (2) maior concentração dos fornecedores de autopeças nas mãos de grandes grupos internacionais e uma desnacionalização do setor (CARVALHO et al, 2000). Essas exigências de desempenho com os fornecedores também são verificadas em elos a jusante das empresas, como clientes e distribuidores, (CHIA et al, 2009;HILSDORF;ROTONDARO;PIRES, 2009;OU et al, 2010).…”