INTRODUÇÃO: A doença periodontal pode ter seu início na infância e na adolescência, e progredir lentamente ao longo da vida. Em universitários, a forma mais comum e prevalente da doença é a gengivite. OBJETIVO: Mensurar a condição de saúde periodontal de uma amostra de universitários e verificar existência da associação com variáveis sociodemográficas e os fatores de risco envolvidos. MATERIAL E MÉTODO: A amostra consistiu de 306 universitários voluntários, com idade entre 19 e 35 anos, sendo usados como indicadores de saúde bucal os índices: Índice Periodontal Comunitário (CPI) e Índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D). Para processamento e análise dos dados, foi usado o programa SPSS versão 18.0. A classificação da condição periodontal foi dicotomizada em CPI < 3 e CPI > 3. Realizou-se regressão logística bivariada e multivariada para analisar a associação entre a condição periodontal e as variáveis independentes. RESULTADO: A amostra consistiu de 51,3% de mulheres e 48,7% de homens, tendo a maioria renda menor do que 6 salários mínimos. Observou-se que 14,4% da amostra era livre de cárie. A pior condição periodontal foi encontrada no sextante 6 e 20,9% da amostra apresentou bolsas rasas em ao menos um sextante. Houve associação entre a condição periodontal e as variáveis: gênero, renda, nível de higiene bucal e uso do fio dental (p < 0,05); entretanto, não houve associação entre aquela e o CPO-D da amostra (p = 0,48). CONCLUSÃO: A amostra apresentou leve condição de doença periodontal, com ausência de bolsas periodontais profundas. Indivíduos do gênero feminino, de renda acima de 4 salários, com bom nível de higiene bucal e que usam o fio dental tiveram melhor condição de saúde periodontal.