N a agricultura moderna tem-se buscado cada vez mais maximizar os recursos disponíveis visando não somente aumento de produtividade, como outrora, mas também a busca de maior qualidade dos alimentos e a conservação do meio ambiente (Pacheco, 1996;Torres, 1999). Devido ao menor número de componentes das famílias brasileiras e do maior grau de conhecimento sobre a qualidade dos produtos, os consumidores atuais têm dado preferência a produtos de menor tamanho, quando possível, associado ao maior valor nutritivo.Dentre as hortaliças o repolho constitui-se em alimento de excelente quali- dade, apresentando teores apreciáveis de β-caroteno, cálcio e de vitamina C (Silva Júnior et al., 1988; Ferreira et al., 2002). Um dos requisitos importante para obtenção de um produto com elevado valor nutritivo é a fertilização adequada da cultura. Sendo o repolho uma hortaliça herbácea, o N tende a ser o nutriente de maior influência na produtividade e qualidade, pois além de estimular o crescimento foliar, é componente de aminoácidos e de proteínas. As doses de N recomendadas na literatura, para a cultura do repolho, geralmente variam de 120 a 160 kg ha -1 (Bora et al., 1992;Ribeiro et al., 1999;Filgueira, 2000). No entanto, estas parecem estar aquém das exigências da cultura, principalmente com o uso de cultivares mais responsivas e produtivas e da tendência crescente de se aumentar o número de plantas/área, fatores esses que podem interferir na produtividade da cultura e na qualidade do produto (Pacheco, 1996). Em repolho formas de aplicação e o parcelamento de N tem proporcionado produtividade até 133 t ha -1 , todavia com massa fresca média de cabeça muito elevada, variando de 2,76 a 3,91 kg cabeça -1 (Sady et al., 2001). Entretanto, os padrões de preferência do mercado consumidor brasileiro estão entre RESUMO Avaliou-se o efeito de três espaçamentos (80x30; 60x30 e 40x30 cm) e cinco doses de N (0; 75; 150; 225 e 300 kg ha -1 ), sobre os aspectos qualitativos da produção do repolho 'Kenzan'. O experimento foi conduzido a campo, em solo com baixo teor de N sob delineamento inteiramente casualizado, esquema de parcelas subdivididas, com o fator espaçamento nas parcelas e doses de N nas subparcelas. O N foi parcelado, colocando-se 20% da dose total no transplante e aos 20 dias após o transplante (DAT) e 30% aos 35 e aos 50 DAT. A colheita se iniciou aos 65 DAT e estendeu-se até os 83 DAT. Foram avaliadas as características: massa fresca média de cabeça; diâmetros transversal e longitudinal e volume de cabeça; teores de proteína total e de NO -3 na massa fresca e a perda de massa pós-colheita durante o armazenamento. Com incremento das doses de N observou-se aumento de valores para todas as características avaliadas, exceto para perda de massa pós-colheita, em que ocorreu o inverso. A redução do espaçamento proporcionou redução da massa fresca média, do volume, dos diâmetros transversal e longitudinal e dos teores de NO -3 e de proteína das cabeças, além de maior perda de massa pós-colheita. Considerando os aspectos qualitativo...