IntroduçãoApesar de 2/3 da Terra serem compostos por água, 97,5% dessa água é salgada, e dos 2,5% que restam de água doce, apenas 0,26% é de fácil acesso para o consumo humano. Estima-se que, em 20 anos, 48 países deverão enfrentar escassez ou falta extrema de água, o que afetará uma população de 2,8 bilhões de pessoas (ANA, s./d.).O Brasil é, como diz o poeta, realmente "abençoado por Deus e bonito por natureza", pois, segundo dados da Agência Nacional de Águas, possui 13,7% da água doce superficial disponível no mundo. Entretanto, 80% desses 13,7% se encontra na região amazônica, onde há menor concentração populacional, e os outros 20% têm que atender a 93% da população nacional.
Freitas enfatiza as disparidades nacionais quando relata que:No Nordeste a falta de água é crônica. No Sudeste ela é abundante, porém de má qualidade. A invasão de áreas de mananciais hídricos pela população carente é um dos maiores problemas de São Paulo. Os dejetos industriais lançados no Rio Paraíba do Sul tornam precária a água que abastece o Rio de Janeiro e outras cidades. Falta água para irrigar os arrozais do Rio Grande do Sul (FREITAS, 2000). Diante desse quadro de desigualdade natural da distribuição da água, aliado ao crescimento da população mundial e ao aumento do consumo desse recurso natural, a cada dia se torna mais explícita a necessidade do uso racional e conservação dos recursos hídricos.