Museus e centros de ciências itinerantes exercem um papel fundamental na popularização da Ciência no país, uma vez que grande parte da população não tem acesso a espaços científico-culturais fixos e/ou está distante desses quando eles existem. Neste sentido, a presente pesquisa discute as atividades realizadas pelo projeto “Caminhão da Ciência” na região oeste do Estado da Bahia, procurando-se tecer reflexões a partir dessas ações e de respostas fornecidas por escolas atendidas pelo Projeto no período de 2017 a 2019. Para isso, foi realizada uma contextualização inicial, caracterizando a região em que o Projeto se insere e os desafios educacionais nela existentes. Em seguida, são discutidos alguns apontamentos acerca das atividades de divulgação científica itinerantes, suas possibilidades e desafios com base na literatura da área. Nos encaminhamentos metodológicos foi discutida a natureza qualitativa da pesquisa e o estudo de caso como procedimento utilizado. Os principais resultados da pesquisa foram: o contato prévio com o Projeto, através de professores que o conheceram quando estudaram na universidade, sendo de extrema importância para a maioria das escolas atendidas; o Projeto foi visto por grande parte das escolas como um espaço rico para o aprendizado de Ciências que envolveu tanto os alunos da escola como pessoas da comunidade em geral, que participaram dos atendimentos, e; além de sugerir a ampliação das atividades de divulgação do Projeto, as escolas pesquisadas destacaram o caráter motivador e instigante dos experimentos e materiais expositivos, especialmente o planetário, que aguçaram a curiosidade da comunidade escolar. Por último, foram discutidos alguns encaminhamentos tendo em vista os resultados obtidos e desafios do Projeto no momento presente.