Apresentamos, neste trabalho, parte dos resultados de nossa pesquisa (SIMÕES, 2015) sobre a realização anafórica do objeto acusativo de 3ª pessoa nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu. Consideramos como referencial teórico a perspectiva biológica de língua (CHOMSKY, 1981, 1986) aliada a aspectos sociolinguísticos (LABOV, 2008; WEINREICH, LABOV e HERZOG, 2009). Tendo em vista os estudos sobre o espanhol que descrevem essa língua como altamente restringida quanto à possibilidade de objetos nulos (CAMPOS, 1986; FERNÁNDEZ SORIANO, 1999; GROPPI, 1997), partimos da hipótese de que nas variedades de espanhol investigadas a elipse se restringiria aos antecedentes [-determinados; -específicos]. Contudo, encontramos evidências que contrariaram parcialmente essa hipótese.