O presente estudo tem como objetivo analisar a crise socioecológica global, ressaltando a complexidade dos desafios interligados, como escassez de energia, mudanças climáticas, desigualdades econômicas e degradação ambiental. Além disso, explora a emergência da Teoria do Bem Viver como uma alternativa para harmonizar humanos, natureza e comunidade. O está nas comunidades quilombolas do Paraná e sua relação com a Teoria do Bem Viver para o desenvolvimento sustentável. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa e exploratória, com um design hipotético-dedutivo. A coleta de dados envolveu entrevistas e questionários, e a análise foi realizada com base nos princípios da Teoria do Bem Viver. Os resultados destacam que as comunidades quilombolas valorizam uma perspectiva holística, reconhecendo a interdependência entre geografia, cultura, atividades econômicas e história. A colaboração com associações e cooperativas emerge como crucial para a sustentabilidade econômica e o bem-estar. A Teoria do Bem Viver oferece uma alternativa centrada na cultura, qualidade de vida e harmonia com a natureza. O estudo contribui ao questionar a abordagem tradicional de desenvolvimento sustentável e ao explorar a aplicação da Teoria do Bem Viver como uma perspectiva alternativa. Além disso, a metodologia adotada, combinando entrevistas, questionários e análise com base nos princípios da teoria, apresenta um enfoque inovador para examinar a relação entre desenvolvimento sustentável e culturas tradicionais. As conclusões ressaltam a importância das práticas sustentáveis, da colaboração coletiva e da valorização cultural no enfrentamento dos desafios atuais. As comunidades quilombolas são reconhecidas como essenciais para a preservação da biodiversidade e da cultura no Brasil. O estudo também enfatiza a necessidade de uma transformação na gestão ambiental, promovendo a coexistência equilibrada entre recursos naturais e tradições culturais.