O objetivo geral deste artigo foi compreender o processo de estigmatização envolto sobre o exdetento e analisar como os estigmas sociais interferem na sua ressocialização. A pesquisa foi embasada na psicologia social, a qual visa compreender o indivíduo em relação dialética com a sociedade. Para isso foi realizada uma Pesquisa bibliográfica com recorte dos últimos vinte anos, por meio de livros, revistas, a Lei de Execução Penal, dados levantados pelo INFOPEN e das seguintes bases de dados eletrônicos: Pepsic, Google Acadêmico e Scielo. Como resultado foi possível perceber que a maior parte da população carcerária brasileira vem de uma realidade social de pobreza, com poucas oportunidades educacionais e profissionais e que as prisões criminalizam a pobreza e reforçam os estigmas. Por conta dos estigmas, mesmo após o cumprimento da pena, esse indivíduo permanece com rótulo de criminoso, o qual afeta o relacionamento com grupos sociais, a autoestima e identidade, e o autoconceito, além de dificultar a entrada no mercado de trabalho, o que pode influenciar à reincidência criminal. Diante disso, se faz essencial o trabalho da psicologia social, voltada para a criação de grupos mais conscientes e reflexivos e no empoderamento desses indivíduos estigmatizados.