RESUMO Este estudo descritivo, observacional e prospectivo teve como objetivos identificar a ocorrência da depressão pós-parto em puérperas de um hospital universitário e comparar as puérperas com indicativo de depressão pósparto com aquelas sem este indicativo, segundo as variáveis sociodemográficas e obstétricas. Participaram 35 mulheres, as quais foram entrevistadas no hospital e posteriormente no domicílio, entre 30 e 45 dias após o parto, com a aplicação da Escala de depressão pós-parto de Edinburgh (EPDS). Os dados foram analisados através de frequência simples e teste qui-quadrado (p<0,05). A maioria das mulheres possuíam renda familiar que variava entre 1 e 3 salários mínimos (60%), 37.1% delas tinham primeiro grau incompleto, 51,4% tinham idade entre 19 e 35 anos 71,4% se constituíam de mulheres casadas ou que moravam com companheiro. A ocorrência de depressão pós-parto encontrada foi de 34,3%. As variáveis número de filhos, paridade e apoio da família e/ou amigos apresentaram associação com a ocorrência de depressão pós-parto. A depressão pós-parto pode ser considerada um sério problema de saúde pública e, devido a isso, sua inclusão deve ser considerada em todos os serviços de saúde que prestam atendimento a gestantes e puérperas, possibilitando sua detecção e tratamento precoces.