Introdução: O Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) é uma das patologias mais incidentes e prevalentes no Brasil, sendo responsável por elevadas taxas de mortalidade e incapacidade no mundo. No entanto, dados epidemiológicos acerca dos fatores de risco responsáveis por elevar a morbimortalidade do AVCi no Nordeste são escassos, visto a grande lacuna na literatura de estudos voltados ao tema, principalmente se comparado com outras regiões do país. Sendo assim, este estudo tem como objetivo evidenciar os principais agravantes da morbimortalidade da doença no Nordeste brasileiro, visando alertar sobre a grande escassez literária acerca do tema, e identificar as problemáticas nessa região relacionadas ao suporte às vítimas acometidas. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, sob auxílio das bases de dados: Pubmed, Scielo e BVS Salud, utilizando os descritores “AVC ISQUÊMICO"; “FATORES DE RISCO”; “EPIDEMIOLOGIA”; “MORBIDADE”; “MORTALIDADE”; “NORDESTE”; "BRASIL". Foram identificados 193 artigos, sendo 19 deles selecionados para o estudo, de acordo com critérios de elegibilidade e ordem de relevância bem definidos. A coleta de dados ocorreu entre os dias 15 de Novembro de 2022, e o dia 15 de Abril de 2023. Resultados: Constatou-se que cerca de 50% da população acometida pelo AVCi no Nordeste é de origem pobre, cor de pele negra e idade avançada, sendo mais de 90% hipertensos. Aproximadamente 70% dos casos não apresentou etiologia definida por falta de condições de investigação, fato que prejudica o prognóstico de longo prazo. O NIHSS (National Institute of Health Stroke Scale) admissional foi maior que 10 em um número significativo de pacientes, e a taxa de mortalidade chegou a superar em até 5 vezes o valor de cidades na região Sul do país. Foi inferido que o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e condições como a falta de informação sobre a doença, a alta prevalência dos fatores de risco e a falta de infraestrutura envolvida na assistência ao paciente acometido por AVCi, resultam em piores índices de morbimortalidade à macrorregião. Conclusão: Diante da escassez de informações sobre a região em estudo, faz-se necessário o incentivo de pesquisas científicas acerca da temática, possibilitando o direcionamento de melhores insumos e esforços em saúde para otimizar a assistência às vítimas de AVCi no Nordeste do país.