INTRODUÇÃO: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) caracteriza-se por uma perda progressiva da força muscular. O tratamento fisioterapêutico tem fundamental importância na manutenção da qualidade de vida desses pacientes. Contudo, existe grande dificuldade em graduar o grau de cansaço e o limite de exigência da musculatura durante o tratamento. Adicionalmente, não existe na literatura descrição sobre alterações fisiológicas e metabólicas durante uma atividade de esforço nessa população específica. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivos avaliar as alterações fisiológicas e metabólicas em indivíduo com DMD durante um programa de fisioterapia, relacionando-as com a percepção subjetiva de esforço (PSE). METODOLOGIA: Este estudo foi realizado na Clínica de Prevenção e Reabilitação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O sujeito do estudo foi um paciente com DMD (sexo masculino, 17 anos). Foram coletados dados de concentrações plasmáticas de lactato e glicose, frequência cardíaca e frequência respiratória, pressão arterial e percepção de esforço segundo a escala de PSE CR10 de Borg. Os dados foram coletados aos 0, 15, 30 e 45 minutos de atendimento fisioterapêutico. A sessão de fisioterapia foi dividida em 3 etapas com atividade de intensidade e exigência muscular crescentes. Foram realizados 6 atendimentos. RESULTADOS: Os resultados demonstraram PSE crescente durante a sessão de fisioterapia. Foi verificada uma relação linear entre as variáveis metabólicas e a PSE. Já as variáveis fisiológicas não demonstraram relação proporcional com a PSE. CONCLUSÃO: Sugere-se que a PSE é uma forma simples de monitoramento do cansaço de pacientes com DMD, durante o tratamento fisioterapêutico.