2019
DOI: 10.1590/s1413-24782019240048
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Rede Escola Pública e Universidade: produção do conhecimento para/com as lutas educacionais

Abstract: RESUMO A irrupção dos secundaristas no estado de São Paulo relaciona-se a um tipo de ação coletiva que, embora recente, encontra lastro em outros movimentos de caráter antineoliberal e anticapitalista deste século, com formas de ação e dinâmicas de organização inspiradas no repertório autonomista. Há tempos um movimento social não expressava tamanho poder de mobilização, ruptura e resistência no Brasil quanto as ocupações escolares. Este artigo recupera alguns aspectos da resistência à política de reorganizaçã… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2020
2020
2022
2022

Publication Types

Select...
3
1

Relationship

1
3

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(4 citation statements)
references
References 18 publications
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…No marco de uma política educacional que desde 1995 vinha imprimindo além do gerencialismo um caráter autoritário na forma de fazer a gestão do sistema de ensino e das escolas, a luta do magistério, que realizou 276 dias de paralisação 43 nos 24 anos em análise, por melhores condições de trabalho e em defesa de uma educação pública de qualidade, é reforçada por uma inédita forma de organização e luta da(o)s estudantes em defesa da educação básica pública. As ocupações de escolas no estado de São Paulo significaram importante resistência às reformas educacionais gerenciais conduzidas de forma autoritária (Campos et al, 2016;Goulart et al, 2019;Medeiros et al, 2019) e, ainda que a SEE-SP tenha continuado a implantação do PECSP, foram necessários alguns recuos e uma reorganização das táticas e estratégias.…”
Section: Gestão Para Resultados E Qualidade Do Ensino: Gerenciamento ...unclassified
“…No marco de uma política educacional que desde 1995 vinha imprimindo além do gerencialismo um caráter autoritário na forma de fazer a gestão do sistema de ensino e das escolas, a luta do magistério, que realizou 276 dias de paralisação 43 nos 24 anos em análise, por melhores condições de trabalho e em defesa de uma educação pública de qualidade, é reforçada por uma inédita forma de organização e luta da(o)s estudantes em defesa da educação básica pública. As ocupações de escolas no estado de São Paulo significaram importante resistência às reformas educacionais gerenciais conduzidas de forma autoritária (Campos et al, 2016;Goulart et al, 2019;Medeiros et al, 2019) e, ainda que a SEE-SP tenha continuado a implantação do PECSP, foram necessários alguns recuos e uma reorganização das táticas e estratégias.…”
Section: Gestão Para Resultados E Qualidade Do Ensino: Gerenciamento ...unclassified
“…Em um relato de pesquisa de 2011, Di Pierro e Ximenes comentam sobre a utilização de processos administrativos e judiciais na análise de políticas educacionais, tanto para fins de pesquisa quanto com vistas ao aprofundamento do controle social das ações do Estado. No caso do PECSP e de processos administrativos relacionados a políticas educacionais recentes do governo do estado de São Paulo, eles também têm sido utilizados nos trabalhos da Rede Escola Pública e Universidade (REPU), com este duplo fim: pesquisa acadêmica e disseminação de conhecimento para o fortalecimento das lutas educacionais (GOULART et al, 2019). Aqui, a análise do processo administrativo permitiu investigar como entidades públicas e privadas se relacionam na prática, revelando as nuances da privatização da educação em sua dimensão processual, produzida simultaneamente com/por agentes governamentais e não governamentais e com/por pessoas jurídicas e físicas.…”
Section: Método E Fontes De Pesquisaunclassified
“…Dra. Débora Cristina Goulart publicado conjuntamente com o autor desta dissertação na revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate da Universidade Federal da Bahia (GOULART; ALENCAR, 2021).…”
Section: Introductionunclassified
“…6 Com o estabelecimento do Inova Educação, a Seduc promove uma inflexão na política educacional e organização da rede estadual paulista que poderá ter diferentes configurações nas escolas, seja por adesão ou resistência a esta reforma. Mas tais ações que imprimem uma marca de forte padronização na escola pública, cujos conteúdos são elaborados com privilégio ao setor privado, não são assimiladas de forma passiva pelo conjunto dos sujeitos da rede, a exemplo de manifestações desencadeadas pelos estudantes que ocuparam as escolas paulistas em 2015, quanto as sucessivas greves de professores (XIMENES, 2019). Na esteira das inquietações provocadas nesse período, evidencia-se a relevância da participação como pressuposto da atuação na escola em contraposição à politica educacional de cunho gerencialista e a autonomia para apropriarse critica e reflexivamente do conteúdo das políticas educacionais à sua realidade de acordo com os princípios estabelecidos em seu Projeto Político-Pedagógico.…”
Section: Introductionunclassified