Redes sociais de apoio no cuidado à pessoa com transtorno mental: reflexões

Abstract

Objetivo: refletir acerca das redes sociais de apoio formais e informais no cuidado à pessoa com transtorno mental centrado no paradigma psicossocial. Método: estudo teórico-reflexivo tendo como base epistemológica a Reforma Psiquiátrica Brasileira, que redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Resultados: a família é fonte primária de recurso na rede social de apoio informal e, por vezes, é a chave para a efetividade do cuidado fornecido pela rede social de apoio formal. É importante que os serviços desenvolvam estratégias de apoio para que a pessoa com transtorno mental e sua família possam esclarecer suas dúvidas e minimizar os desafios que envolvem o cuidado em saúde mental. Conclusões: a rede social de apoio é um aspecto que necessita ser valorizado pelo profissional de saúde, pois a partir dela é possível planejar o cuidado em saúde mental.

Family repercussion of the deinstitutionalization of the ent with mental disorder

“…A atenção primária à saúde é uma das principais vias de acesso para as pessoas com transtorno mental, pois é um espaço privilegiado para a gestão da atenção à saúde mental. Além disso, desempenha papel estratégico na rede de atenção e serve de base para agilizar a complexidade (Siqueira et al, 2018).…”

“…O CAPS deve ser criado como um serviço ambulatorial especializado no cuidado diário, que funcione segundo a lógica do território e ofereça serviços de tratamento e gestão individualizada, oficinas grupais e terapêuticas, visitas domiciliares, atendimento à família, atividades comunitárias de integração ao usuário na comunidade, além de fornecer alimentação diária (Siqueira et al, 2018).…”

“…Sob esse ponto de vista, a pessoa com transtorno mental pode interferir nas relações familiares, principalmente nas mais próximas a ela. A família é uma extensão da pessoa com transtorno mental, portanto, além de passar por mudanças em seu cotidiano devido aos cuidados prestados por seus familiares, também as sofre (Siqueira et al, 2018).…”

“…Atualmente, há mudanças rápidas e significativas no nível das famílias, que ainda estão em processo de transição. Essas mudanças consideram os relacionamentos afetivos determinantes da constituição familiar, podendo ou não ter laços consanguíneos, ambos reforçados pelo apoio mútuo (Siqueira et al, 2018).…”

Vivência de familiares de crianças com transtornos mentais

“…Estas atividades também auxiliam os familiares e a criança a encontrar estratégias para o manejo dos sinais e sintomas dos transtornos, inclusive sobre ações a serem tomadas em situações de crise, manifesta pela agudização da sintomatologia. 1,6,15 Reconhecendo a importância dessa temática, se considera que estudos com o foco nos familiares que vivenciam o cotidiano com a criança com transtornos mentais, são relevantes no sentido de contribuir com evidências científicas que subsidiem a prática da enfermagem. Assim, nesta pesquisa, buscou-se responder à questão de pesquisa "Como é a vivência de familiares de crianças com transtornos mentais?"…”