Na velhice, a capacidade aeróbica, a força muscular, a flexibilidade, o equilíbrio, o tempo de reação e movimento, a agilidade e a coordenação são gradativamente reduzidos. Isso pode acarretar inúmeras dificuldades para a realização das tarefas cotidianas e para a independência funcional dessas pessoas. Esses idosos sentem-se, com frequência, inúteis, ansiosos, frustrados, mal-humorados, irritados e, até, deprimidos. Por outro lado, a prática de atividades físicas regulares pode trazer melhorias para a saúde física e mental dos praticantes. Esta pesquisa investigou a relação entre o exercício físico regular e a depressão em indivíduos idosos. Participaram da pesquisa 160 pessoas de 60 a 85 anos de idade, sendo 84 praticantes de tipos variados de atividades físicas regulares e 76 sedentários. Para avaliar a depressão foi usada Escala de Depressão para Idosos, constituída pelas dimensões cognitiva-afetiva e somática-motora. Nos resultados, os idosos sedentários apresentaram graus médios mais elevados sem todas as dimensões da depressão comparados com os praticantes de exercícios físicos regulares. Na discussão, são abordadas as hipóteses neurofisiológicas e psicossociais para explicar os efeitos positivos do exercício regular sobre o humor dos praticantes.