Introdução: A experimentação de bebida alcoólica pelos jovens brasileiros, além de prejudicar o desenvolvimento cerebral, também interfere nos aspectos psicológicos, interferindo na sua qualidade de vida e prejudicando seu desenvolvimento escolar. Objetivo: avaliar a experimentação do álcool e os fatores associados entre os adolescentes brasileiros. Método: Trata se de um estudo transversal, realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar em 2019, com uma amostra de 159.245 adolescentes brasileiros. Foram ajustadas razões de prevalências entre variável experimentação de álcool e fatores de risco, estimadas pelos modelos de regressão de Poisson múltipla hierarquizados em blocos com variância robusta, ponderadas pelos pesos amostrais. Resultados: A prevalência ajustada da experimentação do álcool ponderada e intervalo de confiança de 95% da experimentação do álcool foi de 63,45% (IC95%: 62,88-64,02). As razões de prevalência ajustadas com as variáveis sociodemográficas, familiares, saúde mental, comportamento e hábitos de vida, todas apresentaram associação com a experimentação do álcool. As variáveis comportamento e hábitos de vida apresentaram as maiores razões de prevalências para a experimentação de drogas ilícitas (1,25) e relação sexual (1,50) e permaneceram associadas no modelo final, a maioria dos fatores dos blocos considerados, com significância estatística (p < 0,001). Conclusões: A prevalência entre os adolescentes brasileiros evidenciou-se elevada e associada aos fatores de riscos do estudo. A ocorrência desse fenômeno, que interfere no desenvolvimento físico e mental dos adolescentes, requer novos direcionamentos em políticas públicas.