Entre os desafios provocados pelo processo de implementação das políticas de ação afirmativa, na modalidade de cotas e/ou reserva de vagas para o acesso ao ensino superior, persiste uma dimensão pouco explorada, que corresponde à produção de ciências e conhecimentos plurais que sejam capazes de alterar padrões desiguais e discriminatórios ainda presentes na sociedade brasileira. O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão crítico-propositiva sobre práticas político-pedagógicas a partir da experiência do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal de São Carlos que têm auxiliado o campo da educação na compreensão de alguns dos desafios provocados pelas políticas de ações afirmativas, especialmente a formação inicial e continuada de professores.