“…Mais exatamente, busca-se compreender se, e em que medida, o pertencimento a alguma denominação evangélica afeta a adesão dos fiéis a valores convencionalmente atribuídos à democracia, como aqueles vinculados à tolerância, ao respeito às instituições e à preferência pelo regime democrático em detrimento de outras formas de governo (Norris e Inglehart, 2019;Ribeiro e Borba, 2019;Gibson, 2011;Dalton, Shin e Jou, 2007;Moisés, 1995). Embora a relação entre religião, política e democracia no Brasil não se trate de uma novidade (Silva, 2017;Freston, 2001), o cenário recente tem despertado a atenção de diversos pesquisadores que se debruçam sobre esse tema. O crescimento das denominações evangélicas no país, a capacidade de adaptação desses grupos religiosos e a sua disposição em, cada vez mais, participar ativamente do jogo democrático têm sido foco de várias investigações (Ortunes, Matinho e Chaia, 2019;Smith, 2019;Tanaka, 2018;Cerqueira, 2017;Machado, 2012;Bohn, 2007Bohn, , 2004Oro, 2003;Mariano e Pierucci, 1992).…”