; Renato Gonçalves 6 RESUMO: Objetivo: Relacionar a influência dos dois tipos de anastomoses arteriais empregadas (término-terminal e término-lateral), da idade do receptor, do rim de doador vivo ou cadáver e do uso de remendo aórtico ("patch") quanto à presença ou não de estenose da artéria renal e, avaliar o tratamento destas estenoses. Método: Estudo retrospectivo de 278 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), de maio de 1989 a maio de 2001. Resultados: Não se mostrou relação entre as variáveis estudadas com a presença ou não de estenose da artéria renal. A estenose da artéria renal foi detectada em oito casos, que foram tratados, com sucesso, mediante angioplastia transluminal percutânea (ATP), com implante primário de "stent" (n = 7) ou sem implante de "stent" (n = 1). Conclusões: As variáveis estudadas não influenciaram no aparecimento da estenose da artéria renal e o tratamento endovascular foi efetivo na correção destas lesões estenóticas (Rev. Col. Bras. Cir. 2005; 32(5): 237-243
INTRODUÇÃOO transplante renal, realizado como tratamento dos pacientes com insuficiência renal crônica, vem ocupando destaque cada vez maior devido aos benefícios que podem ser promovidos pela cirurgia de transplante, quando indicada e conduzida corretamente.A insuficiência renal crônica é responsável por restringir o paciente à máquina de diálise durante várias horas por semana, aumentando as chances de adquirir infecções e contaminações, além de prejudicar sua vida social. Esses fatos podem ser solucionados por meio do transplante renal com bons resultados. Entretanto, o transplante renal pode evoluir com complicações clínicas, decorrentes do uso de drogas imunossupressoras, ou urológicas e vasculares. O objetivo deste estudo é avaliar a influência dos dois tipos de anastomoses arteriais empregadas (término-terminal e térmi-no-lateral), da idade do receptor, do enxerto renal de doador vivo ou cadáver e do uso de remendo aórtico quanto à presença ou não de estenose da artéria renal, num período de 12 anos, em um único centro e pela mesma equipe cirúrgica, e avaliar o tratamento das estenoses encontradas.
MÉTODOForam analisados, retrospectivamente, 278 prontuá-rios de pacientes submetidos à cirurgia de transplante renal, por uma mesma equipe cirúrgica, num período de 12 anos, de maio de 1989 a maio de 2001, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os pacientes foram avaliados quanto à idade, ao tipo de doador (vivo ou cadáver), ao tipo de anastomose vascular realizada (término-terminal ou término-lateral) e ao uso de remendo aórtico, e foram discutidas as influências destas variáveis na incidência de estenose da artéria renal.Os tipos de anastomoses com a artéria renal estão relacionados com o sítio receptor, ou seja, com as artérias receptoras. A rotina do Serviço de Cirurgia Vascular do HUCFF é realizar preferencialmente anastomose do tipo término-terminal, reservando-se as anastomoses término-laterais para o...