“…Ao ser questionada sobre se já fez algum curso a respeito da temática, enfatiza que, apesar de não ter feito, lê sobre o assunto; No mais, o discurso da responsabilização da juventude relativo à sexualidade deve ser analisado com cautela em meio às inúmeras barreiras sociais que obstaculizam a aquisição tanto de informações sobre sexualidade e reprodução, como também de insumos necessários à prevenção. Isso porque, embora haja inúmeras políticas sociais voltadas à garantia dos direitos sexuais e reprodutivos de jovens, pesquisas recentes (Farias & Moré, 2012;Taquette, 2013) têm indicado que o contexto social ainda pode ser caracterizado como produtor de vulnerabilidade, no sentido proposto por Ayres, França, Calazans e Saletti (2003), que abrange o plano individual (recursos simbólicos que cada um possui para a prevenção), social (determinantes de gênero, raça, classe social, orientação sexual que produzem desigualdades) e programático (ineficiência dos programas que obstaculizam o acesso à informação e a insumos).…”