RESUMOObjetivo: analisar como se configuram as práticas cotidianas dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Método: estudo de caso qualitativo, com referencial pós-estruturalista. Realizaram-se 13 entrevistas semiestruturadas com profissionais de diferentes funções, sendo atendidos todos os quesitos éticos. Resultados: na cotidianidade, os discursos legitimam as relações de poder, fazendo a manutenção dos discursos de verdade, de controle e de vigilância. O discurso de utilidade e essencialidade mantém o imaginário sobre um SAMU, como um serviço que não pode parar nem falhar. Conclusão: essa análise do SAMU, numa vertente mais reflexiva e crítica, apresentou a necessidade de se superar as descrições dos serviços de saúde, reconhecendo a presença das relações de poder nos cotidianos e a perpetuação de discursos hegemônicos. Palavras-chave: Conhecimentos, Atitudes e Práticas em Saúde; Serviços Médicos de Emergência; Dominação-Subordinação; Poder.
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