Introdução: O excesso de peso gestacional pode trazer implicações para a saúde da gestante e do concepto, e a prematuridade é um desfecho importante, pois apesar das tecnologias em assistência neonatal estarem cada vez mais avançadas, o recém-nascido prematuro pode necessitar de assistência hospitalar por complicações, além de ter maior risco de morte. Objetivo: Identificar e sintetizar evidências científicas sobre a associação entre obesidade durante a gestação e a prematuridade. Método: Trata-se de scoping review, desenvolvida com base nas recomendações do guia internacional PRISMA-ScR e no método proposto pelo Joanna Briggs Institute, Reviewers Manual 2017. Realizou-se pesquisa nas bases de dados eletrônicas estabelecidas. A coleta de dados ocorreu de outubro/2020 a abril/2021. Resultados: Recuperou-se um total de 5140 registros, sendo selecionados 42 estudos. Destes, 27 (65,85%) apresentaram associação estatisticamente significativa entre excesso de peso e prematuridade. O baixo peso da gestante também foi associado à prematuridade em 27% das investigações. Conclusão: Alterações nutricionais na gravidez, em especial, a obesidade, e também o baixo peso são elementos importantes na determinação do parto prematuro e devem ser considerados no acompanhamento pré-natal.