Introdução: Estão entre fatores de risco para hipertensão arterial, a cor da pele, etnia, ausência de equidade para acessibilidade aos serviços de saúde e desigualdade econômica como fragilidades social e de saúde associada a característica étnico-racial. Objetivo: Identificar relação entre resiliência e qualidade de vida de pessoas quilombolas com Hipertensão Arterial. Material: estudo transversal, com adultos e idosos residentes em três comunidades quilombolas Macapá/AP. Aplicado Mini Exame do Estado Mental, para avaliar capacidade cognitiva do idoso em participar do estudo; escala de Resiliência Connor-Davidson; Mini Questionário de Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial. Estatística descritiva média e desvio-padrão para variáveis quantitativas e frequências absolutas e relativas para variáveis categóricas. Estatística inferencial teste Correlação de Spearman®, para estudo da correlação entre os escores das escalas. Resultados: Amostra 74 pessoas dos quilombos Santo Antônio da Pedreira (41,9%), Abacate da Pedreira (28,4%) e Ressaca da Pedreira (29,7%). 63,5% sexo feminino, média de idade 63,3(±13,7), 37,8% casados, 33,8% ensino fundamental incompleto, 56,8% 1 a 3 salários mínimos. 45,9% ex-tabagistas, 79,7% não pratica atividade física. 51,4% diagnóstico de hipertensão há mais de 10 anos; média do índice massa corporal 29,48 (±8,33), sem diabetes (78,4%), sem obesidade (68,9%). Escore de resiliência média 82,3(±17,7), escore para boa qualidade de vida média 8,4 (±6,6), correlação entre Resiliência e Qualidade de Vida (R=-0,469, p< 0,001). Conclusão: constata-se relação entre resiliência e qualidade de vida entre pessoas quilombolas com hipertensão nas comunidades estudadas, indicando que níveis mais altos da resiliência estão associados a níveis mais altos de qualidade de vida.