Resistência natural da madeira de seis espécies à Nasutitermes corniger Motsch. em condição de campo

Abstract

A durabilidade natural da madeira trata-se de excelente característica para destinar as peças de madeira em condições adequadas e eficientes de uso. Portanto, o estudo objetivou-se avaliar a resistência natural de seis espécies florestais madeireiras a cupins xilófagos em condição de campo. As madeiras estudadas das espécies tropicais foram andiroba (Carapa guianensis Aubl.), aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão), cedro (Cedrella sp.), jatobá (Hymenaea courbaril L.), louro canela (Nectandra sp.) e maçaranduba (Manilkara elata (Allemão ex Miq.) Monach.). De cada espécie foram produzidas amostras com dimensões de 7,2 cm × 1,3 cm × 0,9 cm (longitudinal × radial × tangencial). Essas permaneceram expostas por período de 40 dias sob a ação de cupins Nasutitermes corniger Motschulsky em ensaio de preferência alimentar, com determinação da densidade, percentual de perda de massa, índice de deterioração e o índice de susceptibilidade. A madeira de andiroba apresentou maior perda de massa e susceptibilidade ao ataque de N. corniger. Já as espécies cedro e o louro canela demonstraram valores intermediários entre as demais para os aspectos analisados. As madeiras de aroeira, jatobá e maçaranduba se destacaram nos valores de notas atribuídas ao desgaste, bem como, na baixa susceptibilidade ao ataque, tendo demonstrado maior durabilidade natural e resistência biológica ao ataque. Portanto, essas últimas madeiras são as mais indicadas para utilizações que visem promover o seu uso eficiente, a fim de minimizar os danos causados por exposição às térmitas (cupins) xilófagos e maximizar a vida útil e segurança do produto madeireiro.

Resistência natural de três espécies de madeiras comerciais ao ataque de térmitas (Insecta, Blattodea) em Fragmento Florestal Urbano de Manaus, Amazonas

“…Conforme as classes de densidade da madeira proposta por Melo et al (1990), as espécies florestais avaliadas foram assim classificadas: marupá -0,40 g cm -3 (leve); guariúba -0,69 g cm -3 (média) e cupiúba -0,81 g cm -3 (pesada). Resultados obtidos após 120 dias de experimento, demonstraram ausência de interação entre os fatores testados (espécie x período) ao nível térmitas tem acesso a outras fontes nutricionais e podem consumir com maior intensidade os alimentos de sua preferência, podendo ser as madeiras estudadas ou não (Batista et al, 2020). O percentual (%) de estacas de cada espécie madeireira infestada pelos térmitas, independente do período de avaliação, encontra-se na Figura 4.…”

“…De modo geral, do ponto de vista alimentar as madeiras que apresentam menor densidade são mais susceptíveis ao ataque de térmitas. Este comportamento é relatado por Batista et al (2020), ao avaliarem a resistência natural de seis espécies florestais madeireiras ao ataque de N. corninger. Neste estudo, a andiroba (0,55 g cm -3 ) apresentou a maior perda de massa, enquanto espécies florestais madeireiras com maior densidade como aroeira (1,12 g cm -3 ), maçaranduba (0,86 g cm -3 ) e jatobá (0,85 g cm -3 ) apresentaram maior resistência.…”

“…Já N. surinamensis demostrou ser mais especializada, preferindo apenas um tipo de madeira (Salix humboldtiana). É válido ainda ressaltar que além das propriedades físicas (densidade), a composição química da madeira tais como os teores de lignina, percentual de cinzas (compostos inorgânicos) e os extrativos, também impactam na resistência natural ao ataque de térmitas (Batista et al 2020). Em seu estudo, Syofuna et al (2012) demonstraram que espécies susceptíveis podem ter sua durabilidade aumentada quando tratadas com soluções contendo extrativos de espécies com alta resistência ao ataque de xilófagos.…”

Durabilidade natural de cinco espécies madeireiras da Caatinga em ensaio de deterioração em campo aberto e natural

“…Em relação ao ataque de térmitas, Paes et al (2013) observaram uma alta resistência da madeira de Anadenanthera colubrina a esse biodeteriorador em ensaio de preferência alimentar por 45 dias. Já Batista et al (2020) apontaram uma alta resistência para a madeira de Myracrodruon urundeuva em condições de campo. A alta densidade das madeiras das espécies avaliadas pode ser o fator determinante para que, mesmo com indicativos da presença de térmitas, a perda de massa não tenha sido significativamente afetada.…”

Proposta de protocolo rápido para a inspeção visual de pontes de madeira

“…O uso da madeira justifica-se devido ao fato de ser um material de baixo custo, renovável, fácil de trabalhar, versátil, durável e de fácil obtenção (NASCIMENTO et al 2020). Entretanto, a madeira está sujeita a esforços físicos e mecânicos, além do apodrecimento em função do ataque de agentes xilófagos (BATISTA 2020).…”