Objetivou-se identificar o uso de medicamento ansiolítico e/ou antidepressivo e associá-lo às características dos estudantes de medicina de uma universidade. Trata-se de um estudo com 449 estudantes de medicina no interior do estado de São Paulo. O uso de medicamento antidepressivo e/ou ansiolítico era feito por 24,3% dos estudantes, sendo a maior parte do sexo feminino e cursando os dois primeiros anos da faculdade. Não houve associação entre o uso de medicamento e os fatores como: idade, renda, morar com a família, horas de sono, relação com docentes e ter pai e mãe vivos. Observou-se maior chance de fazer terapia entre os estudantes que usavam medicamento (β=1,12, OR=3,07, p<0,001) e uma menor chance de realizar exercício físico (β=-0,051, OR=0,60, p=0,03). Estratégias para o manejo da depressão e da ansiedade devem ser incentivadas e ações para reduzir o estresse durante o curso devem fazer parte de um programa de apoio das universidades.