RESUMOAs experiências anômalas (EA) (vivências incomuns ou que se acredita diferentes do habitual e das explicações usualmente aceitas como realidade: alucinações, sinestesia e vivências interpretadas como telepáticas...) e os estados alterados de consciência (EAC) são descritos em todas as civilizações de todas as eras, constituindo-se elementos importantes na história das sociedades. Apesar disso, têm recebido pouca atenção da comunidade científica, ou são abordados de forma pouco rigorosa. As EA e os EAC podem ser estudados sem que se compartilhem as crenças envolvidas, sendo possível investigá-los enquanto experiências subjetivas e, como tais, correlacionados com quaisquer outros dados. Neste artigo, procurou-se apresentar algumas diretrizes metodológicas para um estudo rigoroso do tema, entre elas: evitar uma abordagem preconceituosa e a "patologização" do diferente, a necessidade de uma teoria e de uma revisão exaustiva da literatura existente, utilizar diversos critérios de normalidade e patologia, investigar populações clínicas e não clínicas, desenvolvimento de instrumentos adequados para avaliação, cuidados na escolha dos termos e no estabelecimento de nexos causais, distinguir entre a experiência vivenciada e suas interpretações, considerar o papel da cultura, avaliar a confiabilidade e a validade dos relatos, por fim, o desafio gerado pela necessidade de criatividade e diversidade na escolha dos métodos. Unitermos: Metodologia; Estado alterado de consciência; Espiritualidade; Experiência anômala. ABSTRACT Methodological guidelines to explore altered states of consciousness and anomalous experiencesAnomalous experiences (AE) (uncommon experiences or one that is believed to deviate from the usually accepted explanations of reality: hallucinations, synesthesia, experiences interpreted as telepathic...) and altered states of consciousness (ASC) are described in all societies of all ages. Even so, the scientists have long neglected the studies on this theme. To study AE and ASC is not necessary to share the believes we discuss, they can be investigated as subjective experiences and correlated like any other set of data. This article presents some methodological guidelines to explore these experiences, among them: to avoid prejudice approaches and to "pathologize" the unusual, the value of a theory and a comprehensive review of literature, using various concepts of pathology and normality, the investigation of clinical and non-clinical populations, development of new search instruments, to be careful to choose terms and to decide causal nexus, to distinguish experiences and interpretations, to take into account the role of culture, to evaluate the validity and reliability of reports, and the last, but not least, creativity and diversity in choosing methods.
2,7% de desemprego e 46,5% de escolaridade superior. Eram espíritas, em média, há 16,2 ± 12,7 anos e possuíam uma média de 3,5 tipos de mediunidade (incorporação 72%; psicofonia 66%; vidência 63%; audiência 32%; psicografia 23%). Cada modalidade mediúnica era exercitada entre 7 a 14 vezes por semana em média, não havendo diferença entre os sexos. 7,8% dos médiuns ficaram acima do ponto de corte para transtorno psiquiátrico menor pelo SRQ e a amostra alcançou uma pontuação de 1,85 ± 0,33 na EAS. Houve correlação significativa entre os escores de adequação social e de sintomas psiquiátricos pelo SRQ (r= 0,38 p<0,001). Não houve correlação entre a intensidade de atividade mediúnica e os escores SRQ e adequação social. Os médiuns diferiam das características de portadores de transtornos de identidade dissociativa e possuíam uma alta média (4) de sintomas Schneiderianos de primeira ordem para esquizofrenia, mas estes não se relacionaram aos escores do SRQ ou do EAS. Foram identificados quatro grupos de relatos de surgimento da mediunidade: sintomas isolados na infância ou na vida adulta, quadros de oscilação do humor e durante o curso de médiuns. A psicofonia/incorporação possui como pródromos uma sensação de presença, sintomas físicos diversos e sentimentos e sensações não reconhecidos como próprios do indivíduo. Posteriormente, é sentida uma pressão na garganta e mecanicamente começa-se a verbalizar um discurso não planejado. A intuição foi caracterizada pelo surgimento de pensamentos ou imagens não reconhecidos como próprios. A audição e a vidência se caracterizaram pela percepção de imagens ou vozes no espaço psíquico interno ou objetivo externo. A psicofonia só ocorria no centro espírita, as demais modalidades mediúnicas ocorriam tanto dentro como fora dos centros espíritas Conclusões: Os médiuns estudados evidenciaram alto nível socioeducacional, baixa prevalência de transtornos psiquiátricos menores e razoável adequação social. A mediunidade provavelmente se constitui numa vivência diferente do transtorno de identidade dissociativa. A maioria teve o início de suas manifestações mediúnicas na infância, e estas, atualmente, se caracterizam por vivências de influência ou alucinatórias, que não necessariamente implicam num diagnóstico de esquizofrenia. Descritores: espiritualismo, psicologia, religião e psicologia, transtornos dissociativos, etnologia, epidemiologia, transtornos psicóticos, classificação
ResumoAs vivências tidas como mediúnicas são descritas na maioria das civilizações e têm um grande impacto sobre a sociedade. Apesar de ser um tema pouco estudado atualmente, já foi objeto de intensas investigações por alguns dos fundadores da moderna psicologia e psiquiatria. .oi revisado o material produzido por Janet, James, Myers, .reud e Jung a respeito da mediunidade, com ênfase em dois aspectos: suas causas e relações com psicopatologia. Esses pesquisadores chegaram a três conclusões distintas. Janet e .reud associaram mediunidade com psicopatologia e a uma origem exclusiva no inconsciente pessoal. Jung e James aceitavam a possibilidade de um caráter não-patológico e uma origem no inconsciente pessoal, mas sem excluírem em definitivo a real atuação de um espírito desencarnado. Por fim, Myers associou a mediunidade a um desenvolvimento superior da personalidade e tendo como causa um misto entre o inconsciente, a telepatia e ação de espíritos desencarnados. Como conclusão, é apontada a necessidade de se conhecer os estudos já realizados para dar continuidade nessas investigações em busca de um paradigma realmente científico sobre a mediunidade.Palavras-chave: mediunidade, dissociação, inconsciente, espiritismo, história. Abstract
Health is a state of complete physical, mental, and social well‐being and not merely the absence of disease or infirmity. The multifaceted intertwined nature of optimal health, mental health, and well‐being requires operational, sustainable interdisciplinary partnerships in order to improve personal and global well‐being and happiness. The initial step must be the assessment of the nature and magnitude of local problems in the global context. The WHO annual reports may be an adequate departure point as they can demonstrate the global nature of stressful situations and their association with physical and mental stress‐related disorders. Therein, mental health professionals should spearhead change and progress. Attitudes need to be pro‐active and partnerships are essential. Pertinent data should be evaluated by local experts who will determine the needs and how best to face them and achieve solutions. Hopefully, common regional denominators will lead to the formation of Regional Interdisciplinary Collaborative Alliances (RICAs) who will share needed resources and focus particularly on vulnerable populations. The RICAs would be supported by experts and technological facilities located in developed economy centers. The long‐term goal is to turn the concept of pursuit of happiness into a well‐perceived reality.
KeywordsObjetivo: Fazer um levantamento das teorias e revisar as evidências existentes sobre o papel da terapia cognitivacomportamental (TCC) na prevenção de recaídas e recorrências de episódios depressivos. Método: Revisão dos ensaios clínicos randomizados e controlados que investigam a eficácia da TCC na prevenção de recaídas e/ou recorrências depressivas. As bases de dados consultadas foram o Medline, Lilacs, Cochrane, Biosis e a Embase. Foram verificadas as referências bibliográficas dos artigos selecionados, de artigos de revisão e de livros sobre o tema. Resultados: Foram encontrados 15 estudos de desenhos heterogêneos e vários deles com problemas metodoló-gicos. A maioria comparou o uso de TCC e antidepressivos apenas na fase aguda. Em 12 deles a TCC diminuiu a taxa de recorrência/recaídas de modo estatisticamente significativo. As publicações mais recentes apontam para a utilidade da TCC nos sintomas depressivos residuais como estratégia preventiva de recorrências. Conclusões: A TCC mostrou-se eficaz na redução de recaídas depressivas, mas ainda precisam ser mais bem investigadas sua eficácia em relação ao uso de antidepressivos e qual estratégia de TCC (seu uso apenas na fase aguda, na fase aguda e manutenção, na manutenção após antidepressivo na fase aguda ou o enfoque nos sintomas residuais após antidepressivo na fase aguda) é mais eficaz para cada tipo de paciente.Depressão. Prevenção. Terapia cognitiva-comportamental. Recaída. Recidiva. Objectives:To revise theories and the available evidence about Cognitive Behavioral Therapy (CBT) role on the relapse and recurrence prevention of depressive episodes. Methods: Review of random and controlled clinical trials that investigated CBT efficacy on the relapse and recurrence prevention of depressive episodes. The following databases were used: Medline, Lilacs, Cochrane, Biosis and Embase. The reference sections of the selected articles, review articles and specialized books were consulted. Results: Fifteen studies with different experimental design were found, several with methodological problems. The majority of them compared CBT with antidepressants at the acute treatment phase. In 12 studies CBT significantly lowered the relapse/recurrence rate. Recent papers pointed to the CBT usefulness for treating residual depressive symptoms as a recurrence prevention strategy. Conclusion: CBT was effective for the depression relapse reduction. Its relationship with antidepressants as a prevention tool and CBT strategies (using it only in the acute phase, or during acute and maintenance phases, or after antidepressants withdrawal as a maintenance treatment, or focusing residual symptoms) need to be better investigated.Depression. Prevention. Cognitive therapy. Recurrence. Relapse.
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