DOI: 10.11606/d.8.2010.tde-07052010-114648
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Revolução em pauta: o debate Correo del Orinoco - Correio Braziliense (1817-1820)

Abstract: Este é um estudo sobre o debate entre dois periódicos publicados em meio aos processos de independências políticas da América ibérica: o Correio Braziliense e o Correo del Orinoco. Ocorrido entre os anos de 1817 e 1820, o diálogo motivado pelos acontecimentos de Pernambuco em 1817, converteu-se em um debate sobre revolução, conceito-chave para o entendimento daquela conjuntura, tendo como perspectiva a interação e influência mútua entre duas de suas vertentes: Brasil e Venezuela.

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“…Desnecessário dizer que os jornais sempre foram uma das principais fontes de informação para as pesquisas sobre esse período, principal mente pelo viés político. Os trabalhos aqui arrolados são especificamente sobre a Imprensa como os jornais O Revérbero Constitucional Fluminense, o Correio Brasiliense, O Conciliador e O Argos da Lei, além de jornalistas como Hipólito da Costa (Ferreira, 2011;Galves, 2010;Fernandes, 2010, Lustosa, 1997Siqueira, 2011;Araújo, 2008;Leite, 1997;Silva, 2010, Silva 2010b.…”
Section: Os úLtimos Anos E a Renovação Da História Econômicaunclassified
“…Desnecessário dizer que os jornais sempre foram uma das principais fontes de informação para as pesquisas sobre esse período, principal mente pelo viés político. Os trabalhos aqui arrolados são especificamente sobre a Imprensa como os jornais O Revérbero Constitucional Fluminense, o Correio Brasiliense, O Conciliador e O Argos da Lei, além de jornalistas como Hipólito da Costa (Ferreira, 2011;Galves, 2010;Fernandes, 2010, Lustosa, 1997Siqueira, 2011;Araújo, 2008;Leite, 1997;Silva, 2010, Silva 2010b.…”
Section: Os úLtimos Anos E a Renovação Da História Econômicaunclassified
“…Foi assim que, comentando os acontecimentos de Pernambuco de 1817, o influente publicista Hipólito José da Costa, que editava o Correio Braziliense em Londres, de início defenderia o movimento, tomando-o em um sentido tradicional, supostamente indicativo de necessidades de reforma que o Império português vinha demonstrando desde tempos, fruto da incapacidade de seus principais estadistas em perceber uma situação que, segundo ele, conhecia paralelo nas "revoluções" ainda em curso na América espanhola. Porém, uma vez estabelecido um debate a esse respeito entre o Correio Braziliense e outro importante jornal, o Correo del Orinoco, porta-voz das lutas republicanas na Venezuela, Hipólito da Costa -que, afinal, não era republicano, mas monarquista -se veria na necessidade de mudar parcial e significativamente sua posição original (FERNANDES, 2010 de "Revolução da América" ou "Revolução de Caracas", passaria a advogar "o absurdo de quem supõe que as revoluções são o meio de melhorar a nação", sendo a pernambucana "obra do momento, parto da inconsideração, e nunca sustentada por plano combinado", levada a cabo por "demagogos", que "produzirá contudo um efeito benéfico; [o de] demonstrar ao povo do Brasil que as reformas nunca se devem procurar por meios injustos, quais são os da oposição de força ao Governo, e efusão de sangue" (CORREIO…, 1817, p. 105). A tradicional polissemia do conceito, apontada anteriormente, não poderia ser mais claramente operativa: não queremos uma revolução e uma revolução será se se mudarem as bases de todo o edifício administrativo e social da monarquia; e uma revolução tal e repentina não se pode fazer sem convulsões desastrosas, e é por isso que não a desejamos.…”
Section: João Paulo Pimenta and Rafael Fanniunclassified