“…Tal versão caminha na contramão de uma historiografia que revela, a partir da leitura de jornais da época, que a Independência, mesmo sendo liderada por grupos escravocratas e conservadores, produziu consigo uma ideia de revolução e a busca, portanto, de uma emancipação mais profunda (Pimenta & Fanni, 2019). Mesmo se fosse pautado por uma leitura enciclopédica de narração dos acontecimentos "tais quais eles aconteceram", a Colección Bicentenario se ausenta de uma problematização sobre o Dois de Julho de 1823, quando, na Bahia, os brasileiros tomaram Salvador, expropriaram e expulsaram os portugueses por força das armas da região (Pimenta, 2022, p. 105).…”